terça-feira, 30 de janeiro de 2007

INICIADOS: Odivelas, 1 - Benfica, 4

VITÓRIA JUSTA MAS POR NÚMEROS EXAGERADOS

Nacional Iniciados
18ª Jornada


Local do jogo: Campo nº 3 do Estádio Arnaldo Dias (sintético) – Odivelas.

Árbitro: Luís Estrela (Lisboa).
Árbitros Auxiliares: Jorge Lopes e Nuno Mira.

ODIVELAS: João Pereira, Angelino (Carmo, 60´), Hugo Laranjeira (David Lopes, 69´), Diogo Gouveia (Jailson, 21´), Jorge Lopes, Paulinho (Joel, 35´), Emanuel, Xano, João André, Mauro e Ricardo Veloso.
Suplente não utilizado: Ricardo Martins.
Treinador: João Duarte
1º Delegado: Calado Nunes.
2º Delegado: Ricardo Ferreira
Fisioterapeuta: José Fonseca

BENFICA: Fábio Reis, Aurélio Silvério, Diogo Azevedo, Ruben Nunes, Mauro Pereira (Diogo Coelho, 35´), Marco Oliveira, Tiago Romeira, José Graça, Diogo Caramelo (Miguel Herlein, 69´), Ruben Pinto e Nelson Cunha (Rui Silva, 35´).
Suplentes não utilizados: André Barata, Paulo Silva e Diogo Mateus.
Treinador: António Bastos Lopes.
Treinador-Adjunto: José Alexandre Bruno.
Delegado: Alberto Arruda.
Fisioterapeuta: Sérgio Sampaio.

Ao intervalo: 0-3.

Marcadores: Hugo Laranjeira (50´), Ruben Pinto (12´ e 22´), Tiago Romeira (15´) e Rui Silva (66´).

Acção disciplinar: Cartão amarelo para Ruben Nunes (43´) e Diogo Azevedo (52´).

Melhores em campo: Ricardo Veloso (Odivelas) e Ruben Pinto (Benfica).

O Benfica deslocou-se até Odivelas, tendo vencido a equipa local por 4-1. A equipa encarnada beneficiou de um período negro dos locais para marcar três golos de rajada que, impreterivelmente, decidiram o encontro. No entanto, a partida começou equilibrada. Ambas as equipas desfrutaram de oportunidades para se colocarem em vantagem, mas os dois guarda-redes souberam manter invioladas as suas balizas. Contudo, aos 12 minutos, após jogada de José Graça, um defesa da equipa local cortou a bola com o braço dentro da sua grande área, tendo o árbitro assinalado a respectiva grande penalidade. Chamado à conversão, Ruben Pinto não perdoou, inaugurando o marcador.
Ainda o Odivelas não se tinha recomposto deste golo sofrido e já Tiago Romeira ampliava a vantagem da sua equipa. Excelente assistência de Ruben Pinto para Romeira que rematou de pronto, fazendo um golo de belo efeito.
O terceiro golo não tardaria. Após uma excelente oportunidade desperdiçada por Nelson Cunha, o Benfica voltaria a marcar, à passagem do minuto 22. Magnífico passe em profundidade de Mauro Pereira para a área contrária, onde apareceu Ruben Pinto a dominar de primeira e a rematar de pronto para o 3-0. A culminar este autêntico recital de bom futebol, Tiago Romeira quase fez o quarto golo, mas o seu remate embateu no ferro da baliza à guarda de João Pereira.
Os pupilos de João Duarte souberam reagir e, por três vezes, estiveram próximos de reduzir. Na mais flagrante oportunidade criada pelos locais, João André enviou a bola à trave da baliza de Fábio Reis, não conseguindo dar o melhor seguimento a um excelente cruzamento de Ricardo Veloso.
Ao intervalo, o Benfica vencia com toda a justiça.

Reacção dos locais premiada com o tento de honra

No reatamento, o Odivelas entrou como havia acabado o primeiro tempo, ou seja, a jogar no meio-campo adversário tentando, pelo menos, apontar um golo. Já depois de Mauro quase ter feito o primeiro golo do Odivelas, este surgiria finalmente, aos 50 minutos, por intermédio de Hugo Laranjeira. O central foi à área encarnada apontar o golo do Odivelas, tendo beneficiado de uma intervenção menos feliz do guarda-redes Fábio Reis.
Com este golo, a partida ganhou novo ânimo mas, aos 66 minutos, Rui Silva encarregou-se de colocar ponto final nas aspirações do Odivelas. O avançado, que havia entrado para o lugar de Nelson Cunha, apontou um golo soberbo, após triangulação perfeita realizada com Ruben Pinto e Diogo Caramelo.
A cinco minutos do fim e a vencer por 4-1, as águias souberam controlar o rumo dos acontecimentos, terminando a partida com uma vitória fácil por 4-1 que, todavia, é algo exagerada, face à excelente resposta dada pelo Odivelas.
Arbitragem positiva.

JUNIORES: E. Amadora, 3 - Benfica, 1

LUTA PELO APURAMENTO AO RUBRO

Nacional de Juniores
18ª Jornada


Local do jogo: Campo nº 3 do Estádio Pina Manique (sintético) – Lisboa.

Árbitro: Paulo Jorge (Setúbal).
Árbitros Auxiliares: Pedro Pinheiro e Luís Ralha.

E. AMADORA: André Marques, Hugo Fernandes, Thiago Fumagalli, Wilson Silva, Rui Burguette (César Cabrita, 90´+2), Sérgio Semedo, Diogo Dinis (Diogo Pires, 58´), Renato Silva, José Maia (Hugo Ventosa, 87´), Fábio Branco e Adul Baldé.
Suplentes não utilizados: Pedro Rosário, Henrique Cordeiro, João Silva e David Madeira.
Treinador: Paulo Fonseca.
Treinador-Adjunto: Nuno Campos.
Delegado: Carlos Castelo.
Fisioterapeuta: Justino Casanova.

BENFICA: Rui Santos, André Casaca, Nuno Ferreira (Gregor Balazic, 52´), Miguel Vítor, Ruben Lima, Romeu Ribeiro, Milan Jeremic, Dalibor Stojanovic (Danilson, 74´), Sami, André Carvalhas e Kaz Patafta (Miguel Rosa, 54´).
Suplentes não utilizados: Daniel Casaleiro, Edgar Martins, João Ferreira e Bruno Parreira.
Treinador: Bruno Lage.
Treinador-Adjunto: Renato Paiva.
Delegado: Paulo Figueiredo.
Fisioterapeuta: Paulo Rebelo.

Resultado ao intervalo: 1-1.

Marcadores: José Maia (35´) e Adul Baldé (65´ e 70´); Ruben Lima (42´).

Acção disciplinar: Cartões amarelos para Rui Burguette (12´), Adul Baldé (71´) e Thiago Fumagalli (79´); Romeu Ribeiro (76´).

Melhores em campo: Adul Baldé (E. Amadora) e Romeu Ribeiro (Benfica).

E. Amadora e Benfica defrontavam-se numa partida extremamente importante para ambos os conjuntos. Tendo em conta que apenas duas equipas se apurarão para a fase final, este jogo revestia-se de capital importância para o Estrela, já que a turma da Amadora se encontrava no terceiro lugar a quatro pontos dos encarnados, segundos classificados.
Talvez por isso, os pupilos de Paulo Fonseca entraram na partida a grande velocidade tentando chegar cedo à vantagem. Renato Silva e José Maia deram os primeiros sinais de perigo, mas ambos os remates saíram ao lado de baliza de Rui Santos.
O Benfica respondeu de bola parada, com André Carvalhas a colocar a bola na área contrária, onde surgiu Miguel Vítor a cabecear para fora. Curiosamente, Sami encontrava-se em melhor posição, mas o defesa-central antecipou-se ao seu colega, gorando-se uma excelente oportunidade para as águias.
No entanto, era o Estrela quem estava na mó de cima e, aos 20 minutos, o golo esteve à vista. Após lance confuso na área benfiquista, Adul Baldé rematou de pronto, com a bola a embater com estrondo no travessão da baliza à guarda de Rui Santos. A pressão do Estrela acentuou-se e, aos 35 minutos, os pupilos comandados por Paulo Fonseca chegaram à vantagem. Renato Silva executou muito bem um livre, com a bola a sair dos pés do número 20 directamente para a cabeça de José Maia que, desta forma, inaugurou o marcador.
Porém, a festa da equipa da casa durou pouco tempo. Sete minutos volvidos, o Benfica chegou à igualdade, na sequência também de um livre. Ruben Lima, descaído para o flanco direito, centrou a bola de tal forma chegada à baliza que o guarda-redes do Estrela foi surpreendido. André Marques apenas se atirou após perceber que ninguém iria tocar na bola mas, quando o fez, já a bola se anichava no fundo das redes.
Ao intervalo, e apesar da partida ter sido equilibrada, o Estrela justificava a vantagem.

Adul Baldé decisivo

No segundo tempo, o equilíbrio manteve-se embora o Estrela tivesse maior pendor atacante. Aos 49 minutos, Rui Santos pontapeou mal uma bola com esta a embater em José Maia, quase se dirigindo para o fundo das suas redes. Passado este calafrio, o técnico Bruno Lage foi obrigado a fazer uma substituição. Nuno Ferreira, autor da falta que deu origem ao livre que deu o primeiro golo do Estrela, teve de sair pois não se encontrava nas melhores condições por se ter lesionado no referido lance. Gregor Balazic foi o escolhido para substituir o internacional sub-19.
O encontro continuava muito disputado mas, em cinco minutos, resolveu-se a favor do Estrela. Adul Baldé, muito rápido, apanhou a defesa do Benfica em contra-pé, apontando dois golos muito semelhantes e que deixaram os encarnados em muito maus lençóis.
A 20 minutos do fim, e a perder 3-1, os jogadores do Benfica finalmente acordaram. A equipa soube reagir e apenas por manifesta falta de sorte não conseguiu reduzir a desvantagem já que oportunidades não faltaram. A mais flagrante surgiu, aos 85 minutos, por intermédio de Romeu Ribeiro que cabeceou ao ferro da baliza de André Marques.
Até final, ainda daria para o Estrela desperdiçar, já em período de compensação, o quarto golo, quando Diogo Pires, a passe de Adul Baldé, rematou muito torto para fora.
Vitória justa do E. Amadora que, desta forma, se mantém na luta pelo apuramento, encontrando-se na terceira posição a um escasso ponto do Benfica.
A arbitragem não teve influência no resultado, mas esteve longe de rubricar trabalho positivo. Paulo Jorge, árbitro de Setúbal, foi bastante complacente com o anti-jogo praticado pelo E. Amadora no período de descontos. Não foi assim de estranhar que a segunda parte tivesse acabado com 55 minutos…

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Balanço da 1ª volta da bwin LIGA

Começa hoje, em Leiria, a segunda volta do campeonato. O F. C. Porto, líder destacado da classificação, desloca-se até ao terreno da União com o objectivo de, no mínimo, manter a vantagem sobre Sporting e Benfica. Olhando para a classificação, a primeira volta ficou marcada pelo domínio avassalador do F. C. Porto. Os azuis e brancos apenas não venceram dois dos 15 adversários que enfrentaram: Sp. Braga e Sporting. Se o empate em Alvalade até acaba por ser um resultado positivo, pode-se dizer que o único mau resultado dos dragões foi a derrota em Braga. Com sete e oito de vantagem, respectivamente, sobre Sporting e Benfica, os nortenhos têm tudo para conquistarem novo título nacional.
Apesar do atraso pontual para o líder do campeonato, Sporting e Benfica apresentam uma média de pontos superior à registada, em igual período, nos últimos anos. Significa isto, na minha opinião, que o fosso entre os grandes e os pequenos aumentou em relação às últimas épocas. Talvez este factor seja uma consequência da redução do número de equipas da Liga, o que pressupõe menos jogos, logo mais tempo de preparação entre as partidas das várias competições. Com este número de equipas, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional não conseguiu que os seus objectivos fossem atingidos, já que a qualidade dos espectáculos não melhorou, tendo-se ainda registado um decréscimo no número de espectadores. Resultado: menos jogos, menos receitas, menos competitividade, mais dívidas para os clubes.
Em relação ao jogo em si, Sporting e Benfica têm-se mostrado algo irregulares, alternando com frequência bons e maus momentos. Na minha opinião, o Sporting começou melhor mas foi decaindo ao longo dos jogos. Ao invés, noto o Benfica a subir de jogo para jogo. Vamos ver o que o resto do campeonato nos reserva.
Em relação à luta pela UEFA, o Sp. Braga parece ter o quarto lugar assegurado. Após a saída de Jesualdo Ferreira, os bracarenses escolheram Carlos Carvalhal para o seu lugar. Estranhamente, e sem que até hoje alguém tenha explicado o motivo, Carvalhal abandonou o Sp. Braga e assinou com o Beira-Mar, clube do qual também já se encontra afastado... O Braga mantém-se a quarta melhor equipa da Liga, mas não conseguiu reduzir a diferença que o separa dos três grandes do nosso furtebol.
Para mim, a Naval tem sido a equipa sensação da Liga e parece que a mudança de treinador - Rogério Gonçalves saiu para o Sp. Braga, tendo entrado Mariano Barreto - não vai afectar a boa época que a turma da Figueira da Foz tem vindo a registar.
Marítimo, U. Leiria e Paços de Ferreira têm rubricado uma prova tranquila, com Ulisses Morais, Domingos e José Mota de pedra e cal ao comando das respectivas equipas.
Por seu turno, Nacional e Boavista, apontados como favoritos à UEFA, têm feito uma época aquém das expectativas, com o clube do Bessa a pagar ainda a factura da saída de Jesualdo Ferreira a poucos dias de começar o campeonato.
Uma das grandes desilusões tem sido a Académica de Manuel Machado, mas aguarda-se com alguma expectativa a segunda volta dos estudantes, já que o seu treinador conseguiu, na segunda volta, colocar V. Guimarães e Nacional na UEFA, após maus inícios de campeonato.
Destaque para o Belenenses de Jorge Jesus que, dado como certo na segunda divisão, aproveitou o "caso" Mateus para se manter no maior escalão do nosso futebol, onde se encontra a dar cartas.
Depois de um mau início de época, o E. Amadora parece ter encontrado o rumo dos bons resultados, com António Oliveira a manter a aposta em Daúto Faquira, mesmo após uma série de derrotas.
Ao invés, as grandes decepções da liga são V. Setúbal, Beira Mar e D. Aves. É minha convicção que sairá deste lote de três equipas, os dois clubes que irão ser relegados para a II Liga. Os setubalenses que, nas duas últimas épocas, foram à final da Taça de Portugal, já foram eliminados dessa competição, tendo já mudado igualmente duas vezes de treinador. Carlos Cardoso, um homem da casa, é agora o timoneiro da turma do Sado, tentando levar o barco a bom porto. Beira Mar e Aves, que foram promovidos na época anterior, encontram-se nos dois últimos lugares da Liga, precisando inverter os acontecimentos rapidamente, para não voltarem a ser despromovidos. Relembre-se que os aveirenses também já vão no seu terceiro treinador, após uma mudança súbita de estratégia que, a meu ver, ainda vai dar muito que falar.
Em suma, o campeonato português continua a não despertar grande curiosidade por parte dos espectadores que, ou pelos maus espectáculos proporcionados ou pelo elevado preço dos bilhetes, preferem ficar no sofá a ver desafios das ligas espanhola, inglesa e italiana.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Até sempre Miki

Sinto-me angustiado e acordo de repente. Por momentos, penso que tudo não passa de um horrível pesadelo. Esfrego os olhos e revejo os acontecimentos... Cartão amarelo, sorriso irónico e uma queda aparatosa... De repente, a confusão instala-se... Miguel está deitado no chão completamente desesperado. Tiago e Andersson, lavados em lágrimas, ajoelham-se na relva molhada. Fernando Aguiar, aquele a quem chamam Robocop, e que nunca se intimida perante ninguém, está de mãos na cabeça, berrando não sei por quem. Armando está em estado de choque. Bossio pede inspiração divina. Ricardo Rocha abraça-se a... Djurdjevic, jogador do V. Guimarães. Onde está o timoneiro? Eis que ele aparece. Não, este não é o Camacho que eu conheço, aquele que todos dizem ser um homem frio... Ele chora que nem uma criança... Não quero acreditar... O público também não... Treze mil vozes berram a plenos pulmões: “MIKLOS FEHÉR”! A esperança renasce... Mas, logo de seguida, a ambulância entra em campo. O prolongamento disputa-se no Hospital... Que assim seja! É no Estádio da Senhora da Oliveira, que Miki vai disputar o desafio mais importante da sua vida. A espera parece interminável... Começo a ficar pessimista... A impaciência toma conta de mim... Mas, tudo termina pouco depois. Não, não foi um pesadelo. É a triste realidade. Nua e crua. Miklos Feher já não está entre nós... Ainda não acredito... Uma enorme tristeza apodera-se de mim, como se de um familiar se tratasse. Quero chorar, mas as lágrimas não me saem. Sinto remorsos por algumas vezes o ter criticado. Porque o fiz? Era um jovem! Mais novo do que eu, imaginem só! Chegou a Portugal com 18 anos, vindo da distante Hungria natal. Não foi bafejado pela sorte, pois talento não lhe faltava. No F. C. Porto “apanhou” com Jardel nos seus tempos de ouro... Emprestado ao Salgueiros, marcou cinco golos que ajudaram o clube nortenho a fugir à despromoção esse ano... Na época seguinte é de novo emprestado, desta vez ao Sp. Braga. Fez uma época sensacional, apontando 14 tentos e ajudando o clube minhoto a atingir uma magnífica quarta posição (à frente do Benfica). Quando regressa ao F. C. Porto, desta vez sem Jardel, estava pronto para se afirmar, mas foi envolvido numa guerra que não era sua e ficou impedido de se treinar com o plantel principal. Relegado para a equipa B, ficou um longo ano na prateleira, mas mesmo assim ingressou no Benfica. Em Agosto de 2002, disse ser “a pessoa mais feliz do mundo”. Contudo, a sorte mais uma vez nada quis com ele. Uma arreliadora lesão no joelho esquerdo, que o obrigou a ser operado duas vezes em dois anos não lhe deu descanso. Regressou no final da época e, no último jogo, apontou 3 golos. Prometeu mais para esta época e embora não fosse titular, marcou ao V. Guimarães, Belenenses, Moreirense e La Louviére. Pouco para um avançado? Eu achava que sim, por isso lhe exigia mais. Obviamente, também só o fazia porque lhe reconhecia qualidades para isso. No jogo fatídico, entrou para o lugar de João Pereira. Esteve no lance do golo e, sem dúvida, foi um dos responsáveis pela alegria benfiquista. Depois... é o que todos já sabem. Lágrimas, muitas lágrimas. Não há rivalidade que suplante este desgosto e por isso Sporting e F. C. Porto - que curiosamente se vão defrontar Sábado - associam-se neste momento difícil. O sentimento é comum aos adeptos que, independentemente da cor clubística, se deslocam à Luz para a última e merecida homenagem. Que esta cultura se instale definitivamente no nosso futebol. A bem do desporto e em memória de Miki.
Finalmente choro. Confesso que sinto um grande alívio.
Descansa em paz. Até sempre Miki!

Nota: Este texto, escrito por mim, foi publicado no jornal "desporto Jovem" poucos dias após a morte de Miklos Feher. Decidi voltar a publicá-lo hoje, já que se completam três anos sobre a sua morte. Nunca te esqueceremos Miki!

"Blackout" precisa-se...

Pode parecer que estou sempre contra os jogadores do Benfica mas, confesso, não gostei mesmo nada das declarações de Fabrizio Miccoli. O italiano promoveu uma conferência de imprensa e, para meu espanto, utilizou-a para calar os seus detractores e responder ao treinador Fernando Santos que, na véspera, havia dito que Miccoli se lesionava constantemente por ter peso a mais. Eu, que sou frontalmente contra todo o tipo de "blackouts", dei por mim a pensar que, nesta altura, o melhor era que a "lei da rolha" imperasse no balneário encarnado. É que já não há pachorra para tanta turbulência numa época só. Tudo começou com Manuel Fernandes que não soube honrar a camisola do clube que o tornou famoso. Seguiram-se Anderson e Moretto a anunciarem que, mantendo-se suplentes, não queriam permanecer no Benfica. Alcides, que já se havia mostrado igualmente insatisfeito teve a atenuante de ter mostrado o seu descontentamento internamente, antes de rumar ao PSV Eindhoven. Luisão, depois de ter sido apanhado a conduzir com uma taxa de alcoolémia superior a 1,2 g/l - o que é crime em Porugal - , surgiu nos jornais brasileiros a falar em fim de ciclo no Benfica. Depois da saída de Ricardo Rocha - após um período negro, assentou as ideias e acabou por sair pela porta grande - vêm agora as declarações do italiano. Pelo meio, a lesão polémica de Rui Costa, o caso de doping de Nuno Assis, o afastamento de José Veiga e a constituição como arguido do próprio Luís Filipe Vieira no âmbito do "caso" Mantorras.
Com tantos problemas para solucionar, tiro o meu chapéu a Fernando Santos, na "corda-bamba" desde que assumiu o comando técnico do Benfica. O ex-treinador do AEK de Atenas não era o meu preferido para substituir Ronald Koeman. No entanto, tenho apreciado a sua postura séria e profissional e, fundamentalmente, o respeito para com a instituição Sport Lisboa e Benfica que, relembre-se, deve estar sempre acima de tudo e todos.
Talvez Miccoli ainda não tenha percebido a grandeza do clube que representa. Senão, já teria compreendido que qualquer jogador do Benfica está sujeito à pressão não só da opinião pública, como também dos próprios adeptos. E, mesmo já tendo demonstrado que é um excelente jogador, Miccoli tem de o provar, frequentemente, dentro dos relvados. Com tantas lesões e paragens, acaba por ser um pouco difícil...
Foto: Gualter Fatia

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Ricardo Rocha no Tottenham: excelente negócio para todas as partes

Já é oficial. Ricardo Rocha, defesa-central do Benfica e da Selecção Nacional, abandona o clube e ingressa no Tottenham, por uma verba a rondar os cinco milhões de euros. Se, desportivamente, se pode considerar discutível a saída de Rocha nesta altura, financeiramente falando trata-se de um excelente negócio para o Benfica e para o próprio jogador. Aos 28 anos, Ricardo Rocha faz o contrato da sua vida e o Benfica arrecada uma verba muito superior aos 3 milhões de euros que pagou, em 2002, por Rocha, Tiago e Armando. Nenhum deles permanece no clube, mas as vendas de Tiago e Ricardo Rocha quase triplicaram o que o Benfica pagou aos bracarenses. Excelente negócio. Porém, e como os clubes vivem é de vitórias, quem substituirá Rocha e acompanhará Luisão no eixo da defesa benfiquista? Obviamente, Anderson! Pudera! Não há mais nenhum central no plantel! Com apenas dois centrais, Fernando Santos desespera agora por um novo jogador para esta posição. Com a saída também de Alcides, segundo o próprio, imposta pelo Chelsea, proprietário do passe do brasileiro, o Benfica terá necessariamente de ir ao mercado. Há quem fale que o Benfica irá abastecer-se no mercado internacional. Eu cá aposto que o Benfica irá contratar um central que já actua no futebol português! Vale uma aposta?

Sorteio da Taça de Portugal: Benfica desloca-se até à Póvoa do Varzim

O sorteio dos oitavos-de-final da Taça de Portugal ditou que o Benfica vai ter de se deslocar até à Póvoa para defrontar o Varzim. Nesta competição todos os cuidados são poucos - que o digam o F. C. Porto e principalmente Jesualdo Ferreira... - e, apesar de favorito, o Benfica não poderá facilitar. Sorte para os muitos adeptos benfiquistas do norte que vão poder ver actuar a sua equipa do coração, mais uma vez, ao vivo.
O brinde calhou ao Sp. Braga que ficou isento e, desta forma, já está apurado para os quartos-de-final. Pergunto eu: nos outros países também existem equipas isentas nos oitavos-de-final da respectiva Taça? Acho ridículo nesta fase da prova ainda existirem equipas isentas! Sem grande esforço, os bracarenses já estão nos quartos-de-final e com tanta sorte ainda se arriscam a vencer o troféu.
As restantes equipas da Superliga jogarão com adversários de divisões inferiores, à excepção de Boavista e Nacional que se vão defrontar no Bessa, num jogo decisivo para ambos os conjuntos, já que a Taça poderá ser a única maneira de poderem entrar nas competições europeias da próxima época.
Sporting, Belenenses, Académica e Beira Mar deslocam-se aos campos do Pinhalnovense, Odivelas, Atlético e Maia, respectivamente, todas elas equipas que militam na II Divisão. Os leões terão que jogar num campo sintético de reduzidas dimensões e isso poderá dificultar a tarefa dos comandados de Paulo Bento. O motivado Atlético receberá os estudantes num duelo que se reedita após muitos anos de ausência. O Belenenses terá de fazer uma viagem curta até Odivelas, com o único objectivo de vencer, já que também os azuis ambicionam chegar ao Jamor. O Beira Mar visita o Maia e pretende, com certeza, fazer melhor figura que o D. Aves na eliminatória anterior. Por fim, a Naval recebe o Bragança e, se não houver surpresa, os pupilos de Mariano Barreto marcarão igualmente presença nos quartos-de-final.
Em suma, tudo se perfila para que nos quartos-de-final se encontrem oito equipas da Superliga. Porém, os tomba-gigantes estão aí e querem mostrar serviço. Será que algum deles marcará presença nos quartos-de-final? Dia 10 de Fevereiro saberemos...

Jogos dos oitavos-de-final da Taça de Portugal (jogos realizar-se-ão a 10 de Fevereiro)




Boavista (SL) - Nacional (SL)


Pinhalnovense (IIB) - Sporting (SL)


Varzim (IIL) - Benfica (SL)


Naval (SL) - Bragança (IIB)


Odivelas (IIB) - Belenenses (SL)


Atlético (IIB) - Académica (SL)


Maia (IIB) - Beira Mar (SL)


Sp. Braga (SL) ficou isento




INICIADOS: Benfica, 5 - Loures, 0

CANARINHOS SABOREARAM AMARGOS CARAMELO(S)

Nacional de Iniciados
17ª Jornada

Local do jogo: Campo nº 1 do Caixa Futebol Campus (relvado) – Seixal.

Árbitro: António Taia (Setúbal).
Árbitros Auxiliares: João Marques e Rodrigo Pereira.

BENFICA: André Barata, Aurélio Silvério (João Job, 35´), Diogo Azevedo, Ruben Nunes, Diogo Mateus (Nelson Cunha, 35´), Marco Oliveira (Paulo Silva, 35´), Tiago Romeira, José Graça (Rui Silva, 55´), Diogo Caramelo, Ruben Pinto (cap.) e Diogo Coelho.
Suplentes não utilizados: Fábio Reis, Mauro Pereira e Fábio Carvalho.
Treinador: António Bastos Lopes.
Treinador-Adjunto: José Alexandre Bruno.
Delegado: Alberto Arruda.
Fisioterapeuta: Sérgio Sampaio.

LOURES: Quintas, Gonçalo Graça (João Diogo, 55´), Ricardo Costa (Sandro, 35´), Rafa (Diogo Lourenço, 15´), Élsio (Fábio, 63´), Paulo, Evair, Mário, Hugo Reis (cap.) (André, 35´), Meireles e Bruno Reis.
Suplentes não utilizados: Gonçalo e Hugo Pinto.
Treinador: João Mateus.
Treinador-Adjunto: Paulo Fernandes
Delegado: António Ferreira.

Ao intervalo: 2-0.

Marcadores: José Graça (2´), Diogo Caramelo (30´, 49´ e 70´+2) e Nelson Cunha (70´).

Acção disciplinar: Nada a registar.

Melhores em campo: Diogo Caramelo (Benfica) e Quintas (Loures).

O Benfica recebeu e venceu o Loures por 5-0, numa partida que dominou por completo. Os visitantes, penúltimos da geral, resistiram apenas dois minutos, altura em que José Graça, descaído pelo flanco esquerdo, rematou colocado, inaugurando o marcador.
O Loures não poderia ter começado pior e, embora tudo fizesse para contrariar o maior poderio dos encarnados, os seus jogadores não encontravam soluções para travar os adversários. Aos 15 minutos, Tiago Romeira, completamente isolado na área visitante, teve tudo para ampliar a vantagem da sua equipa mas viu o seu remate ser cortado, em cima da linha de baliza, por um defesa contrário. Porém, aos 30 minutos o Benfica voltou a marcar. Na melhor jogada de todo o encontro, Ruben Pinto progrediu pelo flanco direito cruzando para a área do Loures, onde surgiu Diogo Caramelo, de primeira, a rematar de calcanhar, apontando um golo de belíssimo efeito.
A vencer por dois golos de diferença, os encarnados abrandaram o ritmo, mas nem por isso estiveram longe de marcar novamente. Aos 33 minutos, Diogo Caramelo teve tudo para bisar, mas não deu o melhor seguimento a uma excelente assistência de Marco Oliveira.
Ao intervalo, a vantagem do Benfica pecava por ser escassa.

Caramelo faz hat-trick

No reatamento, nada se alterou. Embora tivesse feito, ao intervalo, três substituições de uma assentada só, o Benfica continuou dono e senhor do encontro. Nos minutos iniciais da etapa complementar, valeu ao Loures a boa exibição do guardião Quintas que, a muito custo, lá ia negando o golo aos encarnados. Exemplo disso, aos 38, 40 e 42 minutos, Quintas opôs-se muito bem aos remates efectuados por João Job, Ruben Pinto e Nelson Cunha, efectuando três boas intervenções.
Todavia, tantas vezes o cântaro foi à fonte que, aos 49 minutos, o Benfica voltou a marcar. Excelente jogada de Nelson Cunha pelo flanco direito, ultrapassando todos os adversários que lhe saíram ao caminho, assistindo depois, na perfeição, Diogo Caramelo que não teve qualquer dificuldade em bisar na partida e apontar o terceiro golo da sua equipa.
A partida baixou então um pouco de nível, com os pupilos de Bastos Lopes a controlarem sempre o rumo dos acontecimentos. Apesar das muitas iniciativas colectivas, os encarnados não marcavam e tudo indicava que a partida iria terminar com uma vitória do Benfica por 3-0. Contudo, no último minuto de jogo, o Benfica chegou ao quarto golo. Desta feita, foi a vez de Nelson Cunha marcar beneficiando de uma primorosa assistência de Ruben Pinto. Já em período de compensação, e quanto todos já esperavam pelo apito final de António Taia, eis que surge o quinto golo. Na sequência de uma excelente jogada, Diogo Caramelo, como não podia deixar de ser, fechou a contagem elevando o marcador para 5-0, um resultado que demonstra a superioridade patenteada pelos encarnados durante toda a partida.
Arbitragem de bom nível.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

JUVENIS: Benfica, 5 - Beneditense, 0

MISSÃO CUMPRIDA COM NATURALIDADE

Nacional de Juvenis
17ª Jornada

Local do jogo: Campo nº 1 do Caixa Futebol Campus (relvado) – Seixal.

Árbitro:
Paulo Rodrigues (Setúbal).
Árbitros Auxiliares: Domingos Viegas e Carlos Santos.

BENFICA: Marcos Medeiros, Valdo, André Campos, João Pereira, Caetano (Artur Lourenço, 60´), Leandro, Toumany, Pacheco (João Carmo, 66´), Rui Ferreira (Nelson Oliveira, 60´), David Simão e Saná.
Treinador: João Couto
Treinador-Adjunto: Alexandre Silva
Delegado: Pedro Lourenço
Fisioterapeuta: Hugo Pateiro

BENEDITENSE: João Cruz, André Silva (Samuel Franco, 76´), Patrik, Francisco Santos, João Fialho, André Lourenço (Diogo Couto, 66´), Rito, Gonçalves, André Luís, Vasconcelos (Eduardo Santos, 40´) e João Penas.
Treinador: Henrique Elias
Treinador-Adjunto: José Fialho
Delegado: Rui Fialho
Fisioterapeuta: Manuel Amorim

Ao intervalo: 2-0

Marcadores: Rui Ferreira (11´), David Simão (35´ e 56´) e Nelson Oliveira (66´ e 80´+1).

Acção disciplinar: Nada a assinalar.

Melhores em campo: David Simão (Benfica) e João Cruz (Beneditense).

Os encarnados cumpriram a sua obrigação ao golearem o último classificado da tabela por 5-0. Numa partida sem grande história, tal a superioridade da turma da casa, o Benfica ficou a dever a si próprio o facto de não ter apontado mais golos.
Como se esperava, não foi difícil ao Benfica encontrar o caminho da baliza contrária. Logo aos 11 minutos, Rui Ferreira abriu o activo concluindo da melhor forma uma brilhante assistência de Saná.
Adivinhava-se o pior para os visitantes, mas a boa exibição do guarda-redes João Cruz e a fraca pontaria dos avançados benfiquistas fez com que a vantagem mínima se mantivesse por algum tempo. Porém, aos 35 minutos, David Simão deu o melhor seguimento a um cruzamento de Toumany, aumentando a vantagem da sua equipa para 2-0, resultado com que se atingiu o intervalo.

Mão cheia de golos
No reatamento, nada se alterou. O Benfica continuou dono e senhor do jogo perante um adversário de outro campeonato. As oportunidades sucediam-se, mas João Cruz foi evitando como podia o avolumar do marcador.
Contudo, aos 56 minutos, o Benfica voltou a marcar. Após beneficiar de um ressalto, David Simão rematou em jeito apontando um golo de belo feito.
Com o jogo resolvido, João Couto decidiu poupar alguns dos habituais titulares dando oportunidade a jogadores menos utilizados para estes se mostrarem. Neste particular, Nélson Oliveira esteve em plano de destaque. O avançado, que entrou aos 60 minutos para o lugar de Rui Ferreira, aproveitou muito bem a oportunidade concedida já que, em apenas 20 minutos, apontou dois golos. O primeiro, após iniciativa individual, pelo flanco esquerdo e o segundo ao finalizar uma assistência primorosa de Artur Lourenço.
Até final, continuou o festival de golos falhados, terminando a partida com uma vitória justíssima do Benfica por 5-0. Com este resultado, o Benfica mantém-se na liderança, enquanto que o Beneditense continua em último. Dificilmente a turma da Benedita irá manter-se neste campeonato na próxima época.
Arbitragem tranquila de Paulo Rodrigues.

domingo, 21 de janeiro de 2007

JUNIORES: Benfica, 3 - Lusitano VRSA, 0

INTERVALO FOI BOM CONSELHEIRO

Nacional de Juniores
17ª Jornada


Local do jogo: Campo nº 1 do Caixa Futebol Campus (relvado) – Seixal.

Árbitro: Carlos Espadinha (Portalegre).
Árbitros Auxiliares: José Duarte e Sérgio Pita.

BENFICA: Rui Santos, André Casaca (cap.), Nuno Ferreira, Miguel Vítor, Ruben Lima, Romeu Ribeiro, Milan Jeremic, João Ferreira (Miguel Rosa, 45´), Sami (Bruno Parreira, 69´), André Carvalhas (Carlos Correia, 75´) e Patafta.
Suplentes não utilizados: Daniel Casaleiro, Gregor Balazic, Edgar Martins e Dalibor Stojanovic.
Treinador: Bruno Lage
Treinador-Adjunto: Renato Paiva
Delegado: Paulo Fonseca
Fisioterapeuta: Paulo Rebelo

LUSITANO VRSA: Miguel Romão, Afonso Leal (Nuno Pires, 60´), José Carlos, Faria, Fabinho, Gonçalo, João Jesus (cap.), Peixoto (João Afonso, 48´), Nuno Silva, Bruno Conduto (André Calvinho, 69´) e Marco.
Suplentes não utilizados: João Azul, Freitas, Rocha e Miguel Serina.
Treinador: Ângelo Barão
Treinador-Adjunto: Otelo Barão
Delegado: Carlos Ribeiro
Fisioterapeuta: Jorge Leal

Ao intervalo: 0-0.

Marcadores: Sami (49´ e 59´) e Patafta (67´).

Acção disciplinar: Cartão amarelo para Afonso Leal (56´) e Faria (73´).

Melhores em campo: Sami (Benfica) e Bruno Conduto (Lusitano VRSA).


E vão oito vitórias consecutivas. Os pupilos comandados por Bruno Lage seguem de vitória em vitória tendo, desta feita, batido o Lusitano de Vila Real de Santo António por 3-0. Porém, a exibição não foi muito famosa, principalmente no primeiro tempo, período no qual os lisboetas não marcaram qualquer golo.
No entanto, o Benfica até nem entrou mal na partida. Nos primeiros 12 minutos, as águias desfrutaram de três soberanas ocasiões para se adiantarem no marcador, mas o guardião Miguel Romão soube opor-se aos remates dos benfiquistas. Destaque para uma excelente intervenção do guarda-redes algarvio a negar o golo a Romeu Ribeiro, quando o público presente já se preparava para festejar.
Após uma entrada fulgurante, o Benfica abrandou estranhamente o ritmo. Muito fechado no seu último reduto, o Lusitano ia tentando manter a sua baliza inviolável espreitando, sempre que possível, o contra-ataque. A estratégia dos visitantes resultou na primeira parte do jogo, já que o nulo se mantinha quando as equipas recolheram aos balneários.

Sami volta a resolver

No segundo tempo tudo foi diferente. O Benfica entrou mais agressivo e, logo ao quarto minuto, Sami inaugurou o marcador, dando o melhor seguimento, de cabeça, a um pontapé de canto apontado por Carvalhas. A resposta não se fez esperar e, no minuto seguinte, o empate esteve à vista. Desatenção da defesa benfiquista a permitir que Bruno Conduto isolasse João Afonso que, completamente isolado perante Rui Santos, não conseguiu bater o atento guarda-redes.
Passado este susto, o domínio benfiquista acentuou-se. Aos 59 minutos, na sequência de um livre apontado por Carvalhas, a bola sobrou para Sami que, de pontapé de bicicleta, fez o seu segundo golo, aniquilando por completo as aspirações dos algarvios.
Faltava meia-hora para o fim, e embora o vencedor estivesse encontrado, ainda houve tempo para o Benfica iniciar um festival de golos falhados. Milan e Bruno Parreira foram os jogadores que tiveram a oportunidade de ampliar a vantagem, mas não se revelaram propriamente inspirados.
Acabaria por ser Patafta, na transformação de um livre directo, a fechar a contagem, com um pontapé fortíssimo que só parou no fundo das redes da baliza à guarda de Miguel Romão.
Com esta vitória por 3-0, com três golos de bola parada, o Benfica manteve a segunda posição com mais quatro pontos que o Estrela, continuando com dois de atraso sobre o eterno rival Sporting.
Excelente arbitragem.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

JUVENIS: E. Amadora, 0 - Benfica, 3

LÍDER SOMA E SEGUE

Nacional de Juvenis
16ª Jornada

Local do jogo: Complexo Desportivo Monte da Galega (relvado) – Amadora.

Árbitro: José Gomes (Lisboa).
Árbitros Auxiliares: André Campos e Carlos Militão.

E. AMADORA: Nuno Ferreira, Tiago Santos, João Videira, Mário Veloso (cap.), André Silva, João Coito, Pedro Carvalho, Diogo Sousa, David Pinto (Valério Correia, 40´), Fábio Santos (Tiago Dores, 40´) e João Estalagem.
Suplentes não utilizados: Ivo Freitas, Simão Romão, Hadi, Samuel e João Ferreira.
Treinador: Rui Neves
Treinador-Adjunto: André Martins
Delegado: Jorge Ladeiras.
Fisioterapeuta: Horta Brito.

BENFICA: Hugo Figueiredo, Valdo, Abdel Vieira, João Pereira (cap.), Ricardo Caetano, Leandro Pimenta (João Carmo, 47´), Toumany (Saná, 6´), Vítor Pacheco, Rui Ferreira, David Simão e André Soares (Pedro Eugénio, 74´).
Suplentes não utilizados: Marcos Medeiros, André Campos e Artur Lourenço.
Treinador: João Couto.
Treinador-Adjunto: Alexandre Silva.
Delegado: Paulo Figueiredo.
Fisioterapeuta: Hugo Pateiro.

Ao intervalo: 0-3.

Marcadores: João Pereira (12´ e 76´) e Rui Ferreira (32´).

Acção disciplinar: Cartão amarelo para Tiago Dores (61´) e Pedro Carvalho (78´); Ricardo Caetano (72´).

Melhores em campo: Diogo Sousa (E. Amadora) e João Pereira (Benfica).

O líder Benfica deslocava-se até ao Monte da Galega para defrontar o Estrela da Amadora, sendo claramente favorito atendendo à senda de vitórias que atravessa. O Estrela, derrotado na jornada anterior em casa pelo Sporting, pretendia nesta partida fazer melhor frente ao eterno rival dos leões.
A partida não começou bem para o Benfica, já que Toumany se lesionou logo à passagem do sexto minuto. Esta lesão antecipou assim a estreia de Saná que ocupou o lugar do número 7 benfiquista.
Os primeiros minutos foram equilibrados e tudo indicava que o Benfica iria ter dificuldades para levar de vencida a turma comandada por Rui Neves. Puro engano. Na primeira incursão à área contrária, os encarnados colocaram-se logo em vantagem. Após cruzamento de André Soares pelo lado direito, João Pereira surgiu à boca da baliza a desviar para a baliza contrária. Os locais reclamaram fora-de-jogo, mas o árbitro auxiliar, bem colocado, não atendeu os protestos dos visitados.
O Estrela não acusou o golo sofrido e tentou reagir. Foi a altura de Hugo Figueiredo mostrar serviço realizando duas excelentes defesas que evitaram o tento da sua ex-equipa. Aos 15 minutos, após cruzamento de David Pinto, Fábio Santos cabeceou pleno de intenção, para defesa difícil de Hugo Figueiredo. À passagem da meia-hora, João Coito surgiu isolado perante o guarda-redes encarnado, mas este foi muito rápido a fazer a mancha, negando desta forma o golo ao médio da equipa da Amadora.
Na resposta, e um pouco contra a corrente do jogo, o Benfica voltou a marcar. Magnífico cruzamento, do lado esquerdo de David Simão, com conta, peso e medida para a cabeça de Rui Ferreira que não perdoou, fazendo o 2-0 para os encarnados, quando estavam decorridos 32 minutos de jogo.
O Benfica ia, assim, para o intervalo com uma vantagem tranquila de dois golos.

Superioridade total

Esperava-se que o Estrela entrasse no segundo tempo com vontade de dar a volta ao rumo dos acontecimentos, mas os seus jogadores não tiveram qualquer hipótese perante um Benfica dono e senhor do jogo. Os pupilos de João Couto não adormeceram à sombra dos louros conquistados, mostrando desde cedo que queriam ainda marcar mais golos. Apesar de não terem faltado oportunidades, os encarnados falharam sucessivamente a obtenção do terceiro golo.
Rui Ferreira, por duas vezes, Saná, David Simão e Abdel Vieira beneficiaram de soberanas ocasiões para dilatar o marcador, mas mostraram-se muito perdulários. O Estrela não conseguia fazer frente ao poderio dos encarnados e apenas, aos 69 minutos, criou um lance digno de registo. Após cruzamento de Diogo Sousa, a bola sobrevoou toda a área benfiquista surgindo João Coito ligeiramente atrasado, gorando-se desta forma a melhor ocasião do Estrela no segundo tempo.
A partida não terminaria, contudo, sem que o Benfica chegasse novamente ao golo. Na sequência de um pontapé de canto muito bem apontado por Ricardo Caetano, o capitão João Pereira subiu mais alto que toda a defensiva contrária, cabeceando forte para o terceiro golo da sua equipa e segundo da conta pessoal.
A partida terminaria pouco depois com uma vitória justa dos encarnados, a 12ª consecutiva. Curiosamente, esta série de vitórias havia sido iniciada, no Seixal, no jogo da primeira volta contra o Estrela.
Pese os protestos da turma da casa, nomeadamente no lance do primeiro golo do Benfica, a arbitragem de José Gomes foi positiva, não tendo qualquer influência no desfecho final do encontro.

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

JUNIORES: Estoril, 1 - Benfica, 2

SAMI RESOLVEU

Nacional de Juniores
16ª Jornada

Local do jogo: Campo nº 2 do Centro de Treinos e Formação Desportiva (sintético) – Estoril.

Árbitro: Paulo Pequeno (Leiria).
Árbitros Auxiliares: João Lisboa e Gracindo Vieira.

ESTORIL: Guilherme, Diogo Batista, Tiago Marques, Marcos, Tiago Godinho (Moreira, 78´), Campos, Zé Maria, Bruno, João Costa (Moutinho, 69´), Urbano (Jota, 64´) e Barracho.
Suplentes não utilizados: Hugo, Pedro Augusto, Ricardinho e Sandro.
Treinador: José Martins.
Treinador-Adjunto: Paulo Subtil.
Delegado: José Nuno.
Fisioterapeuta: Pedro Taveira.

BENFICA: Rui Santos, André Casaca, Nuno Ferreira, Miguel Vítor, Ruben Lima, Romeu Ribeiro, Carlos Correia (Milan Jeremic, 58´), João Ferreira (Danilson, 84´), Sami, André Carvalhas e Dalibor (Kaz Patafta, 66´)
Suplentes não utilizados: Daniel Casaleiro, Gregor Balazic, Edgar Martins e Bruno Parreira.
Treinador: Bruno Lage.
Treinador-Adjunto: Renato Paiva.
Delegado: Paulo Fonseca.
Fisioterapeuta: Carlos Banza.

Resultado ao intervalo: 1-1.

Marcadores: Dalibor (29´ na pb) e Sami (37´ e 90´+2).

Acção disciplinar: Cartões amarelos para Romeu (27´), Zé Maria (61´), Campos (65´), João Costa (67´) e Casaca (76´).

Melhores em campo: Campos (Estoril) e Sami (Benfica).

O Benfica deslocou-se até ao Estoril tendo vencido a equipa local por 2-1. A turma comandada por Bruno Lage conseguiu a sua sétima vitória consecutiva, beneficiando do empate do Sporting na Amadora, para ficar a apenas dois pontos do líder.
Contudo, ninguém pense que os encarnados tiveram tarefa fácil. Bem pelo contrário. Apesar de ter entrado bem na partida, período no qual enviou uma bola ao poste por intermédio de André Carvalhas, o Benfica consentiu a reacção dos canarinhos que, aos poucos, se foram acercando da baliza à guarda de Rui Santos.
Aos 29 minutos, e após ascendente dos locais, o Estoril adiantou-se no marcador. Na sequência de um pontapé de canto apontado por João Costa, Dalibor ao tentar aliviar o perigo, desviou a bola para a sua própria baliza.
O Benfica reagiu e a resposta surgiu de imediato por André Casaca. O lateral direito benfiquista subiu muito bem no terreno, cruzando com precisão para a área contrária onde Carlos Correia, completamente isolado, cabeceou para fora.
No entanto, o aviso estava dado e, aos 37 minutos, o empate surgiu mesmo. Casaca, de novo pelo flanco direito, cruzou para a área contrária, onde apareceu Sami de cabeça a dar o melhor seguimento ao lance, aproveitando a saída em falso do guardião Guilherme.
A igualdade ao intervalo justificava-se pelo que ambas as equipas haviam produzido nos primeiros 45 minutos.

Acreditar até ao fim

No reatamento, os encarnados vieram com outra disposição, cedo remetendo o Estoril para o seu último reduto. Procurando resolver rapidamente o encontro, as águias beneficiaram de inúmeras oportunidades para se colocarem em vantagem. Destaque, neste período, para André Carvalhas, o organizador de jogo do conjunto benfiquista, com todas as jogadas de ataque da sua equipa a passaram pelos seus pés.
Aos 54 minutos, Carvalhas descobriu Sami na área, assistindo o guineense que rematou cruzado ao lado. No minuto seguinte, Carvalhas voltou a rematar ao poste da baliza de Guilherme, desta feita após assistência de Carlos Correia.
O golo encarnado adivinhava-se, mas à medida que o tempo ia passando, o Estoril ia mantendo a igualdade e começou a acreditar que podia surpreender o adversário. Aproveitando o adiantamento benfiquista, os canarinhos iam espreitando, sempre que possível, o contra-ataque.
Numa dessas iniciativas, aos 68 minutos, Jota teve tudo para colocar a sua equipa de novo em vantagem mas, completamente isolado e só com Rui Santos pela frente, rematou bastante torto.
Este lance podia ter mudado o rumo dos acontecimentos, já que um golo do Estoril aniquilaria por completo as aspirações encarnadas. Destemido, Bruno Lage fez entrar os avançados Milan e Danielson que se juntaram a Carvalhas e Sami na frente de ataque. A aposta do treinador benfiquista daria os seus frutos, já em período de compensação, quando Sami, num pontapé de moinho, apontou um tento espectacular, bisando no encontro e oferecendo mais três pontos à sua equipa.
A partida encontrava-se no final, mas ainda houve tempo para Milan desperdiçar incrivelmente, já dentro da área do Estoril, uma magnífica assistência de Sami, depois deste ter deixado três adversários pelo caminho.
Vitória feliz mas justa da equipa do Benfica perante um Estoril que dificultou ao máximo a tarefa dos encarnados.
Excelente arbitragem.

domingo, 14 de janeiro de 2007

Luisão: a queda de um ídolo?

A notícia caiu que nem uma bomba. Luisão, um dos grandes ídolos dos benfiquistas, tinha sido detido por conduzir, durante a madrugada, com excesso de álcool no sangue (taxa superior a 1,2 g/l). Confesso que fui apanhado de surpresa. Sempre admirei o brasileiro, não só pela sua qualidade futebolística mas, acima de tudo, pelo seu enorme carisma. Ainda para mais, considerava o central um excelente profissional. Após ouvir a notícia, dei por mim a pensar que me tinha equivocado. Afinal, Luisão era apenas mais um jogador que também gosta de sair até às tantas em véspera de treino matinal. Um colega meu, que até nem é benfiquista, saiu de pronto em sua defesa invocando que os jogadores são jovens iguais aos outros e com os mesmos direitos dos demais. Não concordo. Considero os jogadores profissionais de futebol privilegiados que têm o dever de se cuidar para estar o mais bem possível fisicamente. Todos sabemos quantos jogadores, apelidados de talentosos, deitaram tudo a perder por não saberem conciliar o profissionalismo que o futebol requer com a sua vida fora dos relvados. Não creio que Luisão queira cometer o mesmo erro que outros já cometeram. O defesa é um excelente jogador e, com certeza, saberá dar a volta a esta situação menos feliz. No entanto, esta mancha não será de todo esquecida, principalmente pelos adeptos do seu clube. É que o próprio nome do Benfica também sai manchado deste triste episódio...

Foto: Site Oficial do Benfica

sábado, 13 de janeiro de 2007

Pedro Correia: o nascimento de uma estrela?

A digressão que o Benfica efectuou até ao Dubai revelou-se um sucesso: primeiro lugar do torneio, batendo os poderosos Bayern Munique e Lazio (embora nos penalties); melhor jogador do torneio (Manu); entrada nos cofres de uma quantia signficativa que vai ajudar a SAD a esquecer a eliminação da Champions League e, por último, a estreia de um jogador das camadas jovens. Conheço o Pedro Correia há já alguns anos e sempre o achei um jogador acima da média. Fui consultar as minhas crónicas e, na época 2002/2003, lá está o Pedro Correia como o melhor em campo num jogo com o Torreense. Nessa época, o Pedro era o marcador oficial das grandes penalidades, nunca o tendo visto desperdiçar alguma. Quando o vi partir para a bola, no último penalti contra a Lazio, recordei que ele era um especialista e, que por isso, não podia falhar. E não falhou. Num clube que não tem como política a formação de jogadores para o plantel principal, não vai ser fácil a Pedro Correia conseguir afirmar-se. Porém, esta estreia já constitui um prémio justo para um atleta que esteve um ano parado devido a lesão. Ainda para mais, é um jovem que nunca abandonou os estudos, frequentando o 2º ano de Marketing e Publicidade na Escola Superior de Comunicação Social, provando que é perfeitamente possível conciliar o desporto ao mais alto nível com a faculdade. Um verdadeiro exemplo a seguir...

Foto: Site oficial do Benfica

Objectivo deste blog

Olá a todos. O meu nome é Paulo Figueiredo e estou ligado ao futebol jovem desde 2002, altura em que comecei a colaborar com o jornal Desporto Jovem. Desde aí, não mais parei de acompanhar as camadas jovens tendo extendido a minha colaboração a outros dois jornais: Notícias da Manhã e Jornal de Notícias. Estarão patentes neste blog todas as crónicas que realizar para os jornais acima mencionados. Além das crónicas, irei dar a minha opinião sobre temas actuais do futebol português. Espero que este blog seja do vosso agrado e que participem nele sempre que possível. Ressalvo apenas que será expressamente proibido utilizar linguagem obscena e todo o tipo de insultos. Saudações desportivas para todos.