domingo, 25 de março de 2007

JUVENIS B: Sporting, 0 - Benfica, 1

TOUMANY RESOLVEU

Distrital de Juvenis
22ª Jornada

Local do jogo: Campo nº 1 da Academia Sporting (relvado) - Alcochete

Árbitro: Sérgio Nunes (Lisboa)
Árbitros auxiliares: Pedro Ferreira e Pedro Pais

SPORTING: Bruno Pedro, Jorge Bernardo, Nuno Reis (Ricardo Alves, 50´), Filipe Paiva, Pedro Rodrigues, Luís Almeida, Antony Vieira (Luís Ferreira, 40´), William Carvalho (Hugo Fernandes, 65´), Diogo Ribeiro (Sérgio Marakis, 65´), Cédric Soares e Bruno Silva (Luís Oliveira, 40´)
Suplentes não utilizados: Nuno Silva e Renato Santos
Treinador: Nuno Lourenço

BENFICA: Fábio Pereira, Fábio Rocha, André Campos, Pedro Ferreira, Pedro Cruz, Abdel Vieira (Roderick Miranda, 40´), Artur Lourenço (Ricardo Real, 76´), Saná (Alexandre Soares, 76´), Toumany (Diogo Figueiras, 56´), André Delfino e Nélson Oliveira
Suplentes não utilizados: Rui Pires, Ricardo Semedo e Pedro Melo
Treinador: Ricardo Dionísio

Ao intervalo: 0-1

Marcador: Toumany (34´)

Acção disciplinar: Cartões amarelos para Filipe Paiva (73´); Abdel Vieira (17'), Pedro Cruz (31') e André Campos (72')

O Benfica deslocou-se até à Academia Sporting, tendo vencido justamente os leões por 1-0. Toumany, que curiosamente já havia marcado neste mesmo campo aquando da deslocação da equipa A, voltou a ser o carrasco leonino, ao apontar, aos 34 minutos, o tento solitário do encontro.
Numa partida bastante disputada, foram os leões que entraram melhor na partida. A equipa comandada por Nuno Lourenço beneficiou de algumas oportunidades, mas o guardião Fábio Pereira, que mais uma vez contou com a presença de muitos conterrâneos seus a apoiá-lo, muito motivado e seguro opôs-se sempre, da melhor forma, aos remates dos avançados locais.
A partir dos 20 minutos, o Benfica subiu no terreno ganhando algum ascendente na partida. Aproveitando algum desnorte da turma sportinguista, o Benfica inauguraria o marcador por intermédio de Toumany. O senegalês, muito oportuno, não teve grandes dificuldades em dar o melhor seguimento, de cabeça, a um excelente cruzamento de Artur Lourenço.
Ao intervalo, o Benfica justificava a vantagem.
No reatamento, o Sporting regressou mais forte tudo tendo feito para, pelo menos, atingir a igualdade. Contudo, a excelente exibição de Fábio Pereira aliada à boa prestação defensiva dos encarnados impediu que a pressão verde-e-branca desse os seus frutos.
Com esta vitória, o Benfica tem agora mais três pontos do que o seu eterno rival.

INICIADOS: Benfica, 2 - União de Leiria, 0

EXIBIÇÃO QUANTO BASTE

Nacional de Iniciados
2ª Fase
2ª Jornada

Local do jogo: Campo nº 1 do Caixa Futebol Campus (relvado) - Seixal

Árbitro: Rogério Ribeiro (Santarém)
Árbitros auxiliares: Ricardo Silva e Pedro Gorjão

BENFICA: Fábio Reis (André Barata, 35´), Aurélio Silvério (João Job, 35´), Diogo Azevedo, Ruben Nunes, Mauro Pereira, Marco Oliveira (Tiago Romeira, 60´), Tiago Ribeiro, José Graça (Diogo Caramelo, 60´), Nélson Cunha, Ruben Pinto (cap.) e Diogo Coelho
Suplentes não utilizados: Diogo Mateus e Fábio Carvalho
Treinador: António Bastos Lopes
Treinador-Adjunto: José Alexandre Bruno
Delegado: Alberto Arruda
Fisioterapeuta: Sérgio Sampaio

UNIÃO DE LEIRIA: João Monteiro, Pedro Santos, Daniel Cardoso, Ruben, Rudi Pinho (Jonathan, 56´), Luís Pedro, Bragança, João Valente (cap.) (Bruno, 66´), André Amaro (Francisco Branco, 29´), Pacheco e Diogo Mehnana (Garcia, 35´)
Suplentes não utilizados: João Roque, Pirika e Pedro Silva
Treinador: José Biel
Delegado: Ahmed Mehnana
Fisioterapeuta: Paulo Nascimento

Ao intervalo: 1-0

Marcadores: José Graça (7´) e Tiago Ribeiro (60´)

Acção disciplinar: Cartões amarelos para Pacheco (67´)

Melhores em campo: José Graça (Benfica) e Bragança (União de Leiria)

O Benfica somou a sua segunda vitória em outros tantos jogos, na segunda fase do Nacional de Iniciados. A equipa comandada por Bastos Lopes derrotou o União de Leiria por 2-0, isolando-se na liderança da classificação. No jogo mais importante da ronda, visto estarem em confronto os dois primeiros, os encarnados provaram ser mais fortes mesmo não tendo feito uma grande exibição.
Entrando a pressionar, as águias estiveram próximas de abrir o activo logo ao quarto minuto. No entanto, José Graça não conseguiu, ao segundo poste, dar o melhor seguimento a um bom cruzamento de Aurélio Silvério.
Quatro minutos depois, José Graça redimiu-se inaugurando o marcador. O número 8 benfiquista aproveitou da melhor forma um mau alívio da defesa leiriense para bater João Monteiro pela primeira vez.
O Benfica não tirou o pé do acelerador e foi em busca do segundo golo. Aos 14 minutos, Nelson Cunha assistiu de cabeça Ruben Pinto que, vendo o guarda-redes visitante adiantado, tentou o chapéu. João Monteiro, com uma defesa espectacular, impediu o golo do número 10 encarnado.
O União de Leiria tentou responder mas raramente incomodou o guarda-redes Fábio Reis. A única excepção aconteceu ao minuto 16 quando João Valente, de fora da área, obrigou Fábio Reis a defesa atenta.
Porém, era o Benfica quem dominava e o segundo golo voltou a estar à vista à passagem do minuto 32. Excelente jogada, pelo flanco esquerdo, de Diogo Coelho que, após tirar três adversários do caminho, assistiu Nélson Cunha. O ponta-de-lança rematou de imediato mas viu o guardião contrário negar-lhe o golo.
Ao intervalo, os encarnados já justificavam estar a vencer por mais de um golo.

Segunda parte de má qualidade

No reatamento, a partida esteve aquém das expectativas. Após uma primeira parte interessante, o segundo tempo trouxe-nos duas equipas algo displicentes. Se por um lado, o Benfica não mostrou muita vontade de ampliar a vantagem, do outro lado o Leiria parecia apenas querer perder por poucos. Sendo assim, contam-se pelos dedos de uma mão as oportunidades criadas pelos dois conjuntos.
Apesar de ter jogado mal no segundo tempo, foi sempre o Benfica a equipa mais perigosa em campo. Aos 40 minutos, Nélson Cunha, à meia-volta, ficou a centrímetros do golo após uma excelente rotação efectuada já na área leiriense.
Aos 59 minutos, José Graça apontou um livre perigoso do lado esquerdo. A bola fez um arco à frente da baliza surpreendendo o guardião contrário. Todavia, nenhum jogador encarnado conseguiu desviá-la para o fundo da baliza.
Os adeptos benfiquistas desesperavam pelo golo da tranquilidade e, aos 60 minutos, Tiago Ribeiro tranquilizou-os. Após jogada de insistência, o jogador proveniente do Grasshopper estabeleceu o resultado final com um golo apontado à boca da baliza.
Com esta vitória, o Benfica soma agora 6 pontos, mais três do que Leiria e Académica que derrotou o V. Setúbal por 2-0.
Arbitragem positiva.

sábado, 24 de março de 2007

JUNIORES: Benfica, 4 - União da Madeira, 0

APURAMENTO FICOU MAIS PRÓXIMO

Nacional de Juniores
26ª Jornada


Local do jogo: Campo nº 1 do Caixa Futebol Campus (relvado) - Seixal

Árbitro: Sandro Soares (Leiria)
Árbitros auxiliares: Eduardo Gaspar e Rodolfo Deyllot

BENFICA: Daniel Casaleiro, André Magalhães, Nuno Ferreira, Miguel Vítor (cap.), Ruben Lima, Romeu Ribeiro (Flávio Silva, 81´), Sami, Milan Jeremic (Kaz Patafta, 70´), Yu Dabao, André Carvalhas (Carlos Correia, 70´) e Miguel Rosa
Suplentes não utilizados: João Ribeiro, André Casaca, João Ferreira e Dalibor Stojanovic
Treinador: Bruno Lage
Treinador-Adjunto: Renato Paiva
Delegado: Paulo Figueiredo
Fisioterapeuta: Paulo Rebelo

UNIÃO DA MADEIRA: Thiago, Eduardo Negrinho, Hugo Pina, Dário Ferreira (cap.), Nuno Pereira, Gabriel Jardim (Pedro Maurício, 36´) (Ruben Gravata, 70´), João Cláudio, José Luís (José Pinheiro, 69´), José Cristiano, Ernesto Sanchez e Adriel Braga
Suplentes não utilizados: Diogo Gomes, Mário Santos, Tiago Sousa e Gilberto Mattos
Treinador: Nuno Naré
Treinador-Adjunto: Paulo Pereira
Delegado: Gilberto Nunes
Fisioterapeuta: José Ricardo Silva

Ao intervalo: 1-0

Marcadores: Yu Dabao (6´ e 56´), Milan (50´) e Sami (67´)

Acção disciplinar: Cartões amarelos para Milan Jeremic (63´) e Pedro Maurício (64´). Cartão vermelho directo para Ernesto Sanchez (90´+2)

Melhores em campo: Nuno Ferreira (Benfica) e Thiago (União da Madeira)

O Benfica deu mais um passo rumo ao apuramento para a fase final ao vencer o União da Madeira por 4-0. No entanto, para os encarnados, mais importante que golear os madeirenses foi o empate cedido em casa pelo Estrela perante o Louletano (2-2). Com mais este percalço da turma da Amadora, o Benfica alargou para quatro os pontos de vantagem sobre o terceiro classificado quando faltam disputar apenas 4 jornadas para o final da primeira fase do campeonato.
Proibidos de perder pontos, os pupilos de Bruno Lage entraram muito bem na partida. Logo ao sexto minuto, Yu Dabao inaugurou a partida dando a melhor sequência a um pontapé de canto apontado, na esquerda, por André Carvalhas. Quatro minutos depois, o chinês voltou a estar perto do golo. Lançamento longo de Ruben Lima para o avançado que, após se ter desembaraçado de dois contrários, não conseguiu levar a melhor perante Thiago, autor de uma grande intervenção.
Os madeirenses sacudiram a pressão e, aos poucos, foram se aproximando da baliza à guarda de Daniel Casaleiro. Aos 26 minutos, a equipa comandada por Nuno Naré quase igualou a partida, mas o cabeceamento de José Cristiano embateu na trave.
O Benfica sentiu o perigo percebendo que tinha de tentar chegar rapidamente ao segundo golo. Ainda antes do intervalo, o tento da tranquildade esteve à beira de acontecer. Excelente iniciativa de Nuno Ferreira a transportar a bola da sua defesa até à área contrária, centrando depois para Sami que, algo lento, não conseguiu fazer melhor que rematar contra um adversário.
Ao intervalo, a vantagem benfiquista aceitava-se pese a boa reacção dos visitantes.

15 minutos à Benfica

O intervalo pareceu ter feito bem ao Benfica já que entrou com outra disposição para o segunto tempo. Logo aos 48 minutos, Dabao deu o primeiro aviso ao obrigar Thiago a mais uma grande intervenção.
Dois minutos volvidos, eis o segundo golo das águias. Soberbo lance protagonizado por Milan Jeremic que, descaído pelo lado direito, tirou um adversário do caminho com muita classe rematando de imediato para o fundo da baliza. Thiago não teve qualquer hipótese perante remate tão potente.
O golo tranquilizou os locais que, seis minutos depois, voltaram a marcar. Magnífica arrancada pela esquerda de André Carvalhas, que depois de ultrapassar um adversário cruzou largo ao segundo poste onde apareceu Dabao a dar o melhor seguimento ao lance. O chinês bisava no encontro e colocava a sua equipa a vencer por 3-0.
Desfeitas as dúvidas quanto ao vencedor, restava agora ao Benfica gerir a vantagem. Talvez por na semana anterior terem consentido que o adversário - Casa Pia - recuperasse de uma desvantagem de 3 golos, os pupilos de Bruno Lage não tiraram o pé do acelerador. Consequentemente, o quarto golo não tardou. Após lance individual, Sami rodopiou e rematou de pronto com a bola a tabelar num defesa madeirense traindo o guarda-redes Thiago.
Até final, o Benfica beneficiou de inúmeras oportunidades para alargar a vantagem mas Thiago, o melhor madeirense em campo, impediu com duas boas intervenções que Sami e Dabao voltassem a marcar.
Já no período de descontos, o argentino Ernesto Sanchez, recebeu ordem de expulsão após entrada dura. Decisão correcta do trio de arbitragem que rubricou trabalho positivo.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Ordenados dos futebolistas: justos ou exagerados?

Ora aqui está um tema que muito dá que falar: os ordenados dos futebolistas. Quem já não comparou o seu salário com o do Figo ou o do Cristiano Ronaldo e chegou à conclusão que eles ganham mais num mês que o comum dos mortais toda a vida?
Em primeiro lugar, gostava de dividir os jogadores em dois grandes grupos: os craques e os banais. Se é certo que as estrelas ganham muito dinheiro, os jogadores vulgares arriscam-se, caso não tenham juízo, a acabar a carreira e a ter de procurar trabalho com a agravante de, em muitos casos, as qualificações serem demasiado baixas para o começo de uma nova profissão.
O problema do futebol português é que os clubes pagam salários muito altos. Não tenho a noção exacta dos números, mas clubes há que gastam mais de 70 % do seu orçamento em ordenados. Duvido que algum clube consiga subsistir, a longo prazo, desta forma. Quando as receitas são reduzidas para não dizer mesmo nulas, como explicar que os ordenados continuem exageradamente altos?
Faz-me muita confusão que clubes como o União de Leiria consigam permanecer no escalão maior do nosso futebol. Li que assistiram apenas 1500 pessoas ao encontro que opôs, no passado fim-de-semana, o União de Leiria ao Vitória de Setúbal. Sabendo que mais de metade eram afectas ao clube visitante, como justificar um investimento tão avultado neste clube?
Voltando aos salários, os jogadores tentam, como é óbvio, possuir a melhor situação financeira possível. Até aí, nada a opor. Com os empresários metidos igualmente ao barulho, sempre à procura da sua comissão, não restam dúvidas que os clubes são sempre os mais prejudicados nesta relação.
No entanto, são os próprios clubes os maiores responsáveis por esta situação. Dirigidos por presidentes muitas vezes impreparados para a função, muitos foram já os clubes que caíram nas divisões secundárias ou que, pura e simplesmente, se extinguiram. Para que a mais nenhum clube aconteça o mesmo, chegou a altura de tomar medidas que, de uma vez, defendam os clubes e não os empresários e jogadores.
Uma delas deveria ser a criação de um tecto salarial, tal como existe na NBA. Embora seja uma medida quase impossível de colocar em prática, pois de certeza, iriam começar a ser feitos contratos paralelos e outros afins, há que começar por algum lado. Agora, convém instaurar um tecto salarial a sério e não fazer como o Sporting que, para manter Liedson, mandou completamente às urtigas o objectivo de não ter nenhum jogador a ganhar mais de 75 mil euros.
A lista dos ordenados dos jogadores do Sporting, publicada pelo site Sportugal, e confirmada pelo presidente Soares Franco, confirmou aquilo que já se esperava. Embora não se conheçam os números dos outros dois grandes - os salários são mais altos ainda - a realidade leonina impressiona. Com Liedson no topo da lista - ganha 110 mil euros - , Ricardo é o segundo mais bem pago. O Labreca recebe 75 mil euros, o tal valor que o clube tinha instaurado como máximo ordenado. Depois disso, surge Bueno. O uruguaio, que até ao momento pouco demonstrou, surge no pódio à frente de jogadores bem mais relevantes como Polga, João Moutinho e Nani - um dos últimos da lista. Outros ordenados escandalosos são os casos dos raramentes utilizados Romagnoli- 66 mil euros -, Paredes - 54 mil euros - e Farnerud - 44 mil euros. Para já nem falar dos que já lá não estão e ainda recebem, exemplos como o de Pinilla - 30 mil euros - , Luís Loureiro - 25 mil euros - e Wender - 6 mil euros. Com políticas salariais destas - e repito que, mesmo assim, o Sporting nem é dos piores - como podem os clubes aspirar a viver bem de finanças?
Resta, porventura, divulgar os ordenados dos jogadores para que, como disse Paulo Bento, os jogadores justifiquem em campo aquilo que ganham. Se o fizerem, poucos serão aqueles que os acusarão de ganhar muito. E não é que o Sporting ganhou os dois jogos que fez após a divulgação da notícia, triunfando inclusive no Dragão onde não ganhava há 10 anos? Pensem bem senhores dirigentes, pensem bem...

segunda-feira, 19 de março de 2007

LIGA BWIN: E. Amadora, 0 - Benfica, 1

VITÓRIA DA RAÇA E DO QUERER

Liga Bwin
22ª Jornada


Local do jogo: Estádio José Gomes (relvado) - Amadora

Árbitro: João Vilas Boas (Braga)
Árbitros auxiliares: Sérgio Serrão e António Vilaça

E. AMADORA: Paulo Lopes, Rui Duarte, José Fonte, Amoreirinha (cap.), Edu Silva, Daniel (Anselmo, 83´), Luís Loureiro (Zamorano, 74´), Marco Paulo, Tiago Gomes, Moses e Dário (Nuno Viveiros, 66´)
Suplentes não utilizados: Pedro Alves, Hugo Carreira, Pedro Simões e Jones
Treinador: Daúto Faquira

BENFICA: Moretto, Nélson, David Luiz, Anderson, Léo, Petit, Karagounis, Derlei (João Coimbra, 58´), Simão (cap.) (Paulo Jorge, 88´), Nuno Gomes (Mantorras, 90´+2) e Miccoli
Suplentes não utilizados: Moreira, Miguelito, Beto e Manu
Treinador: Fernando Santos

Ao intervalo: 0-0

Marcador: Petit (81´)

Acção disciplinar: Cartões amarelos para Amoreirinha (24´) e José Fonte (59´)

O Benfica venceu, na Amadora, o Estrela por 1-0 e reduziu para 1 ponto apenas a desvantagem que o separa do FC Porto. Numa partida bastante difícil, os comandados de Fernando Santos demonstraram uma excelente atitude, tudo fazendo desde o início para ultrapassar a equipa do Estrela que actuou sempre muito recuada e com quase todos os homens atrás da linha da bola.
Com Quim, Luisão e Rui Costa lesionados e Katsouranis castigado, Fernando Santos optou por colocar Derlei no onze, remetendo João Coimbra para o banco de suplentes. Sendo assim, Petit e Karagounis actuaram à frente da defesa composta por Nélson, David Luiz, Anderson e Léo. Derlei actuou descaído pelo lado direito, com Simão a jogar no flanco oposto. Nuno Gomes começou a número 10, procurando servir Fabrizio Miccoli, o jogador mais avançado do Benfica.
Do lado do Estrela, Rui Duarte vigiava Simão, Edu Silva marcava Derlei, com Daniel a ser o polícia de Nuno Gomes. Fonte e Amoreirinha encarregaram-se de Miccoli. Luís Loureiro, Marco Paulo e Tiago Gomes tentavam ganhar superioridade face a Petit e Karagounis. Moses e Dário eram os homens mais adiantados da equipa do Estrela lutando perante David Luiz e Anderson.
Os esquemas tácticos encaixaram um no outro, tendo sido isso provocado por Daúto Faquira. O técnico do Estrela apostou numa estratégia de contenção, procurando nunca dar espaço aos artistas do Benfica. Pode-se dizer que a estratégia quase resultou em pleno.
A primeira parte foi completamente dominada pelas águias. Mesmo sem ter criado grandes oportunidades de perigo, o Benfica foi sempre superior. Destaque para Miccoli. O italiano foi o jogador mais perigoso dos encarnados, saindo dos seus pés as melhores jogadas da sua equipa. Aos 42 minutos, Miccoli cruzou ao segundo poste para Nuno Gomes, mas Paulo Lopes conseguiu, com uma palmada, afastar o perigo da sua baliza. No minuto seguinte, Simão flectiu da esquerda para o centro rematando, porém, à figura de Paulo Lopes. Ao intervalo, o Benfica já justificava a vantagem perante um Estrela muito bem organizado tacticamente.

Petit está com o pé quente

No segundo tempo, os locais entraram melhor e, aos 46 minutos, podiam ter-se colocado na posição de vencedores. Depois de uma jogada, pela esquerda, de Moses, à qual a defesa do Benfica não soube aliviar da melhor forma, a bola sobrou para Tiago Gomes que cruzou de imediato para a área benfiquista. Léo aliviou deficientemente a bola, sobrando esta para Luís Loureiro que, com um pontapé de bicicleta, enviou a bola ao ferro da baliza de Moretto.
O Benfica respondeu e, aos 51 minutos, Simão de livre obrigou Paulo Lopes a aplicar-se. Os visitantes pressionavam e, aos poucos, obrigaram o adversário a recuar ainda mais no terreno. A partida desenrolava-se praticamente apenas no meio-campo do Estrela, mas o Benfica não conseguia tirar partido do domínio que exercia.
Aos 58 minutos, Fernando Santos mexeu muito bem na equipa fazendo sair o apagado Derlei e mandando entrar João Coimbra. O médio formado nas escolas do clube entrou muito bem na partida estando na base de algumas jogadas perigosas para a baliza de Paulo Lopes.
À medida que o tempo ia passando, a pressão ia aumentando e, aos 63 minutos, Nuno Gomes teve tudo para inaugurar o marcador. Desastrado, o número 21 rematou torto para fora, desperdiçando um excelente cruzamento de Simão. Cinco minutos volvidos, João Coimbra cruzou com conta, peso e medida para a cabeça de Miccoli, com a bola a passar rente ao poste.
Nesta fase, já Daúto havia substituído Dário por Nuno Viveiros, numa tentativa de refrescar a frente de ataque do Estrela. Esforço inglório. Viveiros passou claramente ao lado do jogo.
A 9 minutos do fim, o Benfica beneficiou de um livre a cerca de 30 metros da baliza. Petit, chamado à conversão, disparou um míssil que só parou no fundo da baliza de Paulo Lopes. A bola ainda tabelou em Daniel, num lance em que o guarda-redes do Estrela se pode queixar de ninguém ter feito barreira. Com este golo, Petit completou 3 golos nos últimos 3 jogos, todos eles apontados de fora de área.
Até final, foi o Benfica quem controlou. Exceptuando um cabeceamento de Amoreirinha, aos 86 minutos, foram sempre os encarnados que estiveram mais próximos de voltar a marcar. Miccoli, após excelente trabalho individual, ficou a centrímetros do golo. Aos 88 minutos, foi a vez de Nuno Gomes não conseguir dar o melhor seguimento a uma magnífica assistência de João Coimbra.
A partida terminaria com uma vitória justa do Benfica que venceu pela quinta vez consecutiva na Liga. O Estrela perdeu pela primeira vez na Reboleira, estando no 12º lugar da geral, com 9 pontos de avanço sobre o Beira-Mar, clube que se encontra situado já abaixo da linha-de-água.
A arbitragem de João Vilas Boas foi, no cômputo geral, positiva. No entanto, aos 68 minutos, pareceu ficar por assinalar uma grande penalidade cometida por Amoreirinha sobre Nuno Gomes. De qualquer das formas, não teve influência no resultado final.

domingo, 18 de março de 2007

JUNIORES: Casa Pia, 3 - Benfica, 4

RELAXAMENTO QUASE SE REVELOU FATAL

Nacional de Juniores
25ª Jornada

Local do jogo: Campo nº 3 do Estádio Pina Manique (sintético) - Lisboa

Árbitro
: Rui Rodrigues (Lisboa)
Árbitros auxiliares: Pedro Ferreira e Vítor Cruz

CASA PIA: Luís Branco, Carlos Nunes, André Fonseca (Marco Alves, 30´), João Fitas, Fábio André, Diogo Nogueira, João Baptista, José Carlos (cap.) (André Tavares, 67´), Diogo Salomão, Ruben Rocha (Muhamadu, 83´) e Rui Viegas
Suplentes não utilizados: Carlos Sanches, Fábio Bandeira, Jorge Graça e Jorge Marques
Treinador: José Viriato
Treinador-Adjunto: João Portugal
Delegado: José Luís Fitas
Fisioterapeuta: António Elias

BENFICA
: João Ribeiro, André Magalhães, Nuno Ferreira, Miguel Vítor (cap.), Ruben Lima, Romeu Ribeiro (Danilson, 83´), Sami, Carlos Correia (Kaz Patafta, 66´), Yu Dabao, André Carvalhas (João Ferreira, 88´) e Miguel Rosa
Suplentes não utilizados: Daniel Casaleiro, Gregor Balazic, André Casaca e Dalibor Stojanovic
Treinador: Bruno Lage
Treinador-Adjunto: Renato Paiva
Delegado: Paulo Fonseca
Fisioterapeuta: Paulo Rebelo

Ao intervalo: 0-2

Marcadores
: João Baptista (51´), Ruben Rocha (61´), Diogo Salomão (77´); Sami (19´), (45´+2) e (46´) e Yu Dabao (86´)

Acção disciplinar
: Cartões amarelos para Diogo Nogueira (5´), Rui Viegas (13´), José Carlos (25´) e João Baptista (71´); Nuno Ferreira (12´) e Miguel Vítor (85´)

Melhores em campo: Diogo Salomão (Casa Pia) e Sami (Benfica)

O Benfica venceu o Casa Pia por 4-3, num excelente jogo de futebol que, com certeza, foi do agrado de todos aqueles que marcaram presença no Pina Manique. A lutar pelo apuramento para a fase final, os encarnados estavam proibidos de perder pontos perante um adversário tranquilo na tabela.
Cientes dessa responsabilidade, os pupilos de Bruno Lage entraram a todo o gás no encontro. Ainda não tinham decorrido 5 minutos de jogo e já Miguel Vítor havia estado perto do golo por duas ocasiões. Valeu ao Casa Pia a atenção do seu guardião Luís Branco.
O Benfica dominava por completo o rumo dos acontecimentos, contando com André Carvalhas em grande nível. Todos os lances benfiquistas passavam pelos pés do número 10 que, aos 18 minutos, esteve próximo de abrir o activo. Porém, Luís Branco opôs-se bem ao remate do pequeno grande jogador encarnado. Já depois de Yu Dabao também ter quase marcado, eis que o Benfica inaugura mesmo o marcador. Excelente jogada colectiva, com Carvalhas a solicitar Dabao que, de cabeça, assistiu Sami que, com um remate cruzado, abriu o activo.
Mesmo já na posição de vencedor, o Benfica não tirou o pé do acelerador e o segundo golo esteve à vista por diversas ocasiões. Contudo, e apesar do bom futebol praticado, as águias falhavam sistematicamente no capítulo da finalização. É justo salientar, no entanto, a boa exibição de Luís Branco. O guardião dos gansos ia impedindo como podia o avolumar do marcador tendo, aos 29 minutos, negado o golo a uma cabeçada de Miguel Rosa. A bola ainda embateria no ferro.
A partir dos 30 minutos, os casapianos sacudiram um pouco a pressão e, por duas vezes, o perigo rondou a baliza à guarda de João Ribeiro. Rui Viegas, primeiro, e João Fitas depois, tiveram oportunidade de empatar a contenda mas a pontaria não se revelou a melhor.
Já em período de compensação, o Benfica chegou ao 2-0. Sami, de cabeça, deu o melhor seguimento a um pontapé de canto apontado, na esquerda, por André Carvalhas. Ao intervalo, a vantagem benfiquista de dois golos justificava-se perfeitamente.

Erros benfiquistas quase custaram os três pontos

O Benfica que acabou a primeira parte a marcar, iniciaria o segundo tempo da mesma forma. Logo no primeiro minuto da etapa complementar, André Carvalhas assistiu Sami que, isolado perante Luís Branco, não perdoou, fazendo o 3-0 para o Benfica.
Poucos terão sido aqueles que pensaram que o jogo não estivesse já resolvido. O Benfica praticava bom futebol e, além disso, vencia por três golos de diferença. Contudo, uma sucessão de erros do Benfica, fez com que o Casa Pia conseguisse igualar a partida. Em 26 minutos, os gansos apontaram três golos, todos eles resultantes de falhas de João Ribeiro. O guardião benfiquista não esteve nada feliz, já que ao sair duas vezes mal da baliza, a bola sobrou sempre para atacantes do Casa Pia que, bastante oportunos, não desperdiçaram as ofertas. Aos 51 minutos, João Baptista, de cabeça, reduziu para 3-1. 10 minutos depois, Ruben Rocha, à entrada da área, rematou colocado para a baliza deserta. E, aos 77 minutos, o impensável aconteceu. Após ter agarrado uma bola aparentemente fácil, João Ribeiro largou-a incrivelmente para a frente, onde se encontrava Diogo Salomão que, sem qualquer dificuldade, fez o golo da igualdade.
Com 13 minutos ainda por jogar, o Benfica voltava a ter de fazer pela vida. Os gansos procuravam agora manter a igualdade, até porque o tempo jogava a seu favor. No entanto, aos 86 minutos, Yu Dabao voltou a colocar o Benfica na frente do marcador. O chinês, muito bem isolado por Sami, bateu o desamparado Luís Branco fazendo respirar de alívio todos os benfiquistas presentes.
Até final, nada mais aconteceu de significativo, com o Benfica a justificar o triunfo, embora a reacção dos gansos mereça ser realçada.
Arbitragem segura de Rui Rodrigues.

INICIADOS: V. Setúbal, 0 - Benfica, 2

ENTRAR COM O PÉ DIREITO

Nacional de Iniciados
2ª Fase
1ª Jornada

Local do jogo: Campo do Estrelas de Faralhão (pelado) - Faralhão

Árbitro: Valter Rufo (Évora)
Árbitros auxiliares: Rui Russo e António Fernandes

V. SETÚBAL: Miguel Brás, Steven Antunes, Delfim Costa, Miguel Lourenço, Miguel Lampreia, David Guerreiro, Gonçalo Cruz (Diogo Salgueiro, 53´), Francisco Rebola, David Nogueira (João Raimundo, 53´), Tiago Vítor e Bernardo Mata
Suplentes não utilizados: Tiago Zurga, Frederico Venâncio, Luís Sequeira, Sérgio Sousa e Stefano Soares
Treinador: Alexandre Santana
Treinador-Adjunto: Artur Marinho
Delegado: Bruno Rebelo
Fisioterapeuta: Manuel Domingos

BENFICA: Fábio Reis, Aurélio Silvério, Diogo Azevedo, Ruben Nunes, Mauro Pereira, Marco Oliveira, Tiago Ribeiro, José Graça (Marcelo Moura, 68´), Nélson Cunha, Ruben Pinto (Tiago Romeira, 68´) e Diogo Coelho
Suplentes não utilizados: André Barata, Diogo Mateus, Fábio Carvalho e Diogo Caramelo
Treinador: António Bastos Lopes
Treinador-Adjunto: José Alexandre Bruno
Delegado: Alberto Arruda
Fisioterapeuta: Sérgio Sampaio

Ao intervalo: 0-0

Marcadores: Diogo Azevedo (47´) e José Graça (66´)

Acção disciplinar: Cartões amarelos para Steven Antunes (55´); Aurélio Silvério (44´), Tiago Ribeiro (56´) e Nélson Cunha (56´)

Melhores em campo: Francisco Rebola (V. Setúbal) e Diogo Coelho (Benfica)

Não se aguardava fácil a tarefa do Benfica na primeira jornada da segunda fase do campeonato. De visita a Setúbal, mais propriamente ao pelado do Estrelas de Faralhão, os encarnados sentiram muitas dificuldades para levar de vencida os sadinos. As condições do terreno e a boa exibição do V. Setúbal na primeira parte obrigou os visitantes a entregarem-se ao máximo para saírem vitoriosos.
Como se sabe, numa prova com quatro equipas a duas voltas, começar com uma vitória é meio caminho andado para realizar um bom campeonato. Sendo assim, não foi de estranhar que os primeiros 35 minutos de jogo tivessem sido bastante equilibrados e disputados. Apesar de uma ligeira superioridade benfiquista, raras foram as ocasiões criadas por ambos os conjuntos que se mostraram algo receosos um do outro.
Apenas aos 30 minutos, o Benfica esteve perto do golo. Após cruzamento de Mauro pelo flanco esquerdo, Nelson Cunha antecipou-se à marcação rematando de primeira ao lado. O V. Setúbal respondeu e Rebola teve nos pés a oportunidade de abrir o activo. Porém, o remate do médio sadino saiu por cima da baliza à guarda de Fábio Reis. Ao intervalo, o nulo justificava-se plenamente.

Águias mais fortes na etapa complementar

No reatamento, o Benfica entrou com outra disposição cedo dando a entender que queria resolver quanto antes a partida. A equipa pareceu mais adaptada ao pelado e, aos 43 minutos, após uma iniciativa de Marco Oliveira pelo lado direito, o perigo rondou as redes do Vitória. Lourenço, porém, com um corte magistral impediu os intentos dos benfiquistas.
Na resposta, aos 45 minutos, o Setúbal criou a sua melhor oportunidade em todo o jogo, quando a equipa orientada por Alexandre Santana beneficiou de um livre à entrada da área contrária. Contudo, o remate de David Nogueira saiu por cima.
Quem não falharia seria o Benfica. Dois minutos volvidos, a turma comandada por Bastos Lopes inaugurou o marcador na sequência de um pontapé de canto apontado por Ruben Pinto. Ao segundo poste, Ruben Nunes cabeceou para a frente da baliza sadina com Diogo Azevedo, muito oportuno, a fazer o primeiro golo da partida.
Este golo deu novo ânimo ao Benfica que desfrutou de inúmeras ocasiões para aumentar a vantagem. Marco Oliveira, Diogo Azevedo e Nélson Cunha poderiam ter sentenciado o encontro mas não conseguiram levar a melhor perante Miguel Brás. No entanto, aos 66 minutos, o jogo ficou definitivamente resolvido. Nélson Cunha surgiu isolado perante Miguel Brás, rematando contra o guardião setubalense. Na recarga, José Graça não perdoou, fazendo o golo da tranquilidade para os encarnados.
Até final, o Vitória tudo tentou para chegar, pelo menos, ao golo de honra, mas Fábio Reis revelou-se muito atento impedindo com uma excelente defesa o golo a Bernardo.
Vitória justa do Benfica num jogo bem arbitrado por Valter Rufo.

sábado, 17 de março de 2007

TAÇA UEFA: Benfica, 3 - Paris SG, 1

SIMÃO APURA ENCARNADOS

Taça UEFA
1/8 Final

Local do jogo: Estádio do Sport Lisboa e Benfica (relvado) – Lisboa

Árbitro: Florian Meyer (Alemanha)

BENFICA: Moretto, Nélson, David Luiz, Anderson, Léo, Petit, Katsouranis, Karagounis (João Coimbra, 45´), Simão, Nuno Gomes (Paulo Jorge, 90´) e Miccoli (Derlei, 76´)
Suplentes não utilizados: Moreira, Miguelito, Beto e Mantorras
Treinador: Fernando Santos

PARIS SG: Landreau, Traoré, Rozenhal, Drame, Mabiala (Mendy, 75´), Diane, Gallardo (Kalou, 70´), Mulumbu, Rothen, Pauleta e Luyindula (Ngog, 70´)
Suplentes não utilizados: Alonzo, Frau, Chantome e Sakho
Treinador: Paul Le Guen

Ao intervalo: 2-1

Marcadores: Simão (12´ e 87) e Petit (27´); Pauleta (32’)

Acção disciplinar: Cartões amarelos para Katsouranis (21´) e Nuno Gomes (90´); Mulumbu (1´ e 87´) Rothen (61´) e Traoré (90´). Cartão vermelho para Mulumbu (87´)

O Benfica qualificou-se para os quartos-de-final da Taça UEFA ao vencer o Paris SG por 3-1. Simão voltou a ser a figura principal do encontro ao apontar dois golos. O número 20 encarnado encontra-se num momento de forma excelente, tendo sido ele o grande carrasco dos franceses nesta eliminatória, já que apontou três dos quatro golos que o Benfica marcou ao Paris SG.
Com Quim lesionado, juntando-se a Luisão e Rui Costa no lote dos indisponíveis, Fernando Santos voltou a ter de mexer no onze inicial. Para grande surpresa dos mais de 60 000 espectadores presentes, Moretto foi o eleito do técnico encarnado. O público não gostou e assobiou tremendamente o guarda-redes brasileiro. Verdadeiramente arrepiante e uma clara prova de falta de confiança nas capacidades do ex-guardião do V. Setúbal.
Porém, Moretto até nem começou mal. Logo no primeiro minuto, o número 31 negou o golo a Pauleta quando este se encontrava isolado. Moretto não podia ter começado da melhor forma.
Após uma entrada muito negativa, já que os primeiros 10 minutos foram dominados pelos franceses, o Benfica foi sacudindo a pressão e, aos 12 minutos, adiantou-se no marcador. No primeiro remate à baliza francesa, Nuno Gomes assistiu exemplarmente Simão que, isolado perante Landreau, não perdoou.
Estava feito o golo que poderia consumar o apuramento para a fase seguinte. Este golo deu um novo ânimo às águias que foram de imediato à procura do segundo. Katsouranis e Karagounis estiveram muito próximos de o conseguir mas a trave primeiro, e o poste depois negaram os intentos dos gregos.
No entanto, aos 27 minutos, o Estádio quase foi abaixo com o segundo golo do Benfica. Petit, com um golo fenomenal, fez um chapéu perfeito a Landreau apontando talvez o golo mais bonito da sua carreira. A vencer por 2-0, os adeptos benfiquistas pareciam pensar que a qualificação já estava atingida, tal a festa que fizeram nos minutos seguintes ao golo de Petit. Pauleta, aos 32 minutos, fez questão de lhes dizer que nada estava ainda decidido quando cabeceou à vontade, fazendo o 2-1. Este golo, muito consentido pela defesa do Benfica, nasce do lado esquerdo do ataque francês, com Nélson e Anderson a permitirem tudo aos jogadores do Paris SG. Moretto, o menos culpado de todos, embora porventura pudesse até ter feito mais do que fez, voltou a ser vaiado no estádio.
Ao intervalo, a eliminatória permanecia igualada.
No reatamento, o Benfica surgiu com João Coimbra em campo. Karagounis, queixoso, teve de ser substituído e Fernando Santos voltou a escolher o jovem jogador formado nas escolas do clube. João Coimbra, que havia estado muito bem em Paris, não entrou bem no jogo e o meio-campo encarnado ressentiu-se. Rothen, o melhor jogador francês, coordenava o jogo todo do Paris SG e era dos seus pés que o perigo rondava a baliza de Moretto. A superioridade do PSG era notória, justificada não só pela saída de Karagounis, mas motivada também pela pálida exibição de Katsouranis, que demonstrou estar a precisar de descanso.
A partida caminhava para o seu término e o prolongamento pairava já no pensamento das duas equipas quando Léo, um pouco discreto até esse instante, arranca pelo flanco esquerdo, e ao entrar na área adversária, é claramente derrubado por Mulumbu. O árbitro assinalou a respectiva grande penalidade e Simão voltou a não falhar no momento crucial, carimbando o passaporte do Benfica para os quartos-de-final, onde os pupilos de Fernando Santos irão encontrar o Espanhol de Barcelona.
Em suma, vitória justa do Benfica numa partida marcada pelos muitos assobios a Moretto. Independentemente da opção do treinador ter sido, ou não, a mais correcta, parece-me que as vaias ao brasileiro em nada ajudam ao bom desempenho do guarda-redes.

segunda-feira, 12 de março de 2007

LIGA BWIN: Benfica, 2 - U. Leiria, 0

VITÓRIA CONSEGUIDA À LEI DA BALA

Liga Bwin
21ª Jornada


Local do jogo: Estádio do Sport Lisboa e Benfica (relvado) – Lisboa

Árbitro: Paulo Pereira (Viana do Castelo)
Árbitros Auxiliares: Alfredo Braga e Rodrigo Parente

BENFICA: Quim (Moreira, 71´), Nélson, David Luiz, Anderson, Léo, Petit, Katsouranis, Karagounis, Simão, Miccoli (Derlei, 75´) e Nuno Gomes
Suplentes não utilizados: Paulo Jorge, Miguelito, Beto, Mantorras e João Coimbra
Treinador: Fernando Santos

U. LEIRIA: Fernando, Éder, Marcos António, Eliézio, Laranjeiro, Paulo Gomes, Harison, Marco Soares (Ivanildo, 74´), N´Gal, Paulo César (Paulo Machado, 57´) e Touré (Slusarski, 66´)
Suplentes não utilizados: Bruno Vale, Renato, Rossato e Alhandra
Treinador: Domingos Paciência

Ao intervalo: 1-0

Marcadores: Simão (16’) e Petit (86´)

Acção disciplinar: Cartões amarelos para Katsouranis (78´) e Moreira (81´); Touré (31´) e Harison (68´)

O Benfica derrotou a União de Leiria por 2-0, numa partida que ficou marcada pela estreia a titular de David Luiz. De resto, nenhuma supresa. Katsouranis regressou ao seu lugar no meio-campo com Nuno Gomes a render Derlei no onze titular.
Os pupilos de Fernando Santos entraram muito bem na partida, tendo realizado 20 minutos iniciais de boa qualidade. Como prémio, os encarnados chegaram ao golo, aos 16 minutos, por intermédio de Simão. O capitão encarnado flectiu da direita para o centro apontando, ainda de fora da área, um soberbo golo. Fernando não teve qualquer hipótese.
A vencer, o Benfica manteve-se dono e senhor do encontro embora tenha baixado drasticamente o seu ritmo de jogo. Do outro lado, a U. Leira nunca incomodou Quim. Foi, assim, sem surpresa que o Benfica chegou ao intervalo a vencer por 1-0.
No segundo tempo, a U. Leiria surgiu mais atrevida. A equipa comandada por Domingos Paciência subiu no terreno e foi em busca do tento da igualdade. Perante um Benfica algo cansado, os leirienses criaram algumas oportunidades mas não conseguiram acertar na baliza à guarda de Quim. Com as entradas de Paulo Machado, Slusarski e Ivanildo, a U. Leiria mostrou-se uma equipa mais perigosa, não se percebendo os motivos que levaram Domingos Paciência a deixar estes jogadores no banco de suplentes.
Do outro lado, destacou-se o estreante David Luiz. O central mostrou excelentes qualidades: bom posicionamento, boa impulsão, bom poder de antecipação aos lances e até uma notável técnica que o faz sair a jogar do seu último reduto para o ataque com bastante categoria. Nada mau para quem está apenas há mês e meio no Clube. O parceiro da defesa, Anderson, revelou-se igualmente muito seguro, redimindo-se de alguns jogos menos conseguidos.
Com os leirienses à procura do golo, Quim teve de aplicar. Ao contrário do primeiro tempo, o internacional português teve de intervir para negar o golo aos visitantes. Aos 70 minutos, após uma defesa a dois tempos, Quim lesionou-se tendo sido substituído por Moreira que entrou em campo debaixo de uma ovação monumental.
Quando a U. Leiria procurava desesperadamente o empate, eis que o Benfica chega ao segundo golo. Após um pontapé de canto bem estudado, a bola sobrou para Petit que, de fora da área, bateu o desamparado Fernando pela segunda vez.
Pouco depois terminava a partida, com uma vitória difícil mas justa do Benfica que, desta forma, se manteve no segundo lugar a escassos 4 pontos do FC Porto. Por seu turno, a União de Leiria baixou ao sétimo posto da geral.

JUNIORES: Benfica, 1 - Belenenses, 1

RESULTADO INJUSTO

Nacional de Juniores
24ª Jornada

Local do jogo: Campo nº 1 do Caixa Futebol Campus (relvado) – Seixal

Árbitro: Paulo Rodrigues (Setúbal)
Árbitros auxiliares: Carlos Santos e Domingos Viegas

BENFICA: João Ribeiro, André Casaca, Nuno Ferreira, Miguel Vítor, Ruben Lima, Romeu Ribeiro (Dalibor Stojanovic, 81´), Sami, Milan Jeremic (Carlos Correia, 78´), Yu Dabao, André Carvalhas e Kaz Patafta (Miguel Rosa, 65´)
Treinador: Bruno Lage

BELENENSES: Marco Pinto, João Paquete, Luís Carradinho, João Paulino, Diogo Ribeiro (Umaro Câmara, 60´), João Salgado, João Oliveira (João Soares, 80´), Tiago Figueiredo, Ivo Ribeiro, Fábio Meireles (Filipe Godinho, 61´) e Carlos Amaral
Treinador: Rui Jorge

Resultado ao intervalo: 1-1

Marcadores: Sami (25´) e Fábio Meireles (42´)

Acção disciplinar: Cartões amarelos para André Carvalhas (35´) e André Casaca (75´); João Oliveira (16´) e Tiago Figueiredo (45´)

O Benfica não foi além de um empate (1-1) na recepção ao Belenenses. Apesar de ter dominado por completo o rumo dos acontecimentos, a equipa comandada por Bruno Lage voltou a ceder pontos perante os azuis, pois já no Restelo se havia registado idêntico resultado.
Os encarnados começaram bem e, aos 25 minutos, Sami inaugurou o marcador dando o melhor seguimento a uma assistência de André Carvalhas. Pareciam estar reunidas todas as condições para novo triunfo dos benfiquistas quando, aos 42 minutos, Fábio Meireles empatou a contenda. O jogador do Belenenses aproveitou uma falha de André Casaca para se isolar batendo depois João Ribeiro.
No reatamento, o Benfica voltou a ser melhor tudo tendo feito para levar os três pontos em disputa. Porém, os seus avançados mostraram-se bastante perdulários. Sami, Dabao, Carvalhas e Milan Jeremic estiveram em plano de destaque mas claudicaram sempre no capítulo da finalização. O Belenenses defendeu com "unhas e dentes" o empate acabando a partida com o objectivo alcançado perante um Benfica muito infeliz.
Com este empate, o Benfica esteve em risco de perder o segundo lugar. No entanto, o Estrela da Amadora não soube aproveitar da melhor forma este percalço já que foi derrotado, surpreendentemente, em casa pelo União da Madeira (0-1). Sendo assim, o Benfica ampliou para dois pontos a vantagem que o separa da turma tricolor, terceira classificada. Por seu turno, o Belenenses manteve a quarta posição, estando a sete pontos do Benfica.

sexta-feira, 9 de março de 2007

TAÇA UEFA: Paris SG, 2 - Benfica, 1

TRÊS MINUTOS FATAIS

Taça UEFA
1/8 Final

Local do jogo: Parque dos Príncipes (relvado) – Paris

Árbitro: Graham Poll (Inglaterra)

PARIS SG: Landreau, Mendy, Rozenhal, Sakho, Armand (Drame, 80´), Frau, Cissé, Chantome, Rothen (Gallardo, 61´), Kalou e Pauleta (Luyindula, 73´)
Suplentes não utilizados: Alonzo, Mulumbu,Traoré e Diane
Treinador: Paul Le Guen

BENFICA: Quim, Nélson, Luisão (David Luiz, 33´), Anderson, Léo, Petit, João Coimbra (Beto, 72´), Karagounis, Simão, Derlei (Nuno Gomes, 68´) e Miccoli
Suplentes não utilizados: Moreira, Miguelito, Paulo Jorge e Mantorras
Treinador: Fernando Santos

Ao intervalo: 2-1

Marcadores: Pauleta (36´) e Frau (39´); Simão (10’)

Acção disciplinar: Cartões amarelos para Chantôme (46´) e Kalou (80´); Karagounis (7´) e Derlei (56´)

O Benfica desiludiu os muitos emigrantes que se deslocaram ao Parque dos Príncipes para ver jogar a sua equipa do coração. Apesar de terem entrado muito bem na partida, já que Simão inaugurou o marcador logo aos 10 minutos, os encarnados consentiram a reacção dos parisienses que, em três minutos apenas e aproveitando a confusão na área benfiquista após a substituição de Luisão, deram a volta ao marcador.
Em relação ao último jogo na Vila das Aves, Fernando Santos optou por fazer regressar Luisão ao exo da defesa e colocar João Coimbra no meio-campo. Com Katsouranis indisposto, o técnico português não teve receio em fazer alinhar de ínício o jovem internacional sub-20. Na frente de ataque Derlei voltou a ser, surpreendentemente, titular com Nuno Gomes a ser relegado para suplente.
O Benfica entrou bem e, aos 10 minutos, colocou-se em vantagem. Excelente jogada de Nélson pelo flanco direito com este a cruzar para a área contrária onde surgiu Simão, de cabeça, a antecipar-se aos defesas franceses e a abrir o activo. O mais difícil estava feito. Tudo parecia indicar que o Benfica poderia escrever nova página gloriosa no seu historial. Subitamente, tudo se alterou. Luisão, que havia estado em dúvida para este jogo, ressentiu-se da lesão e teve de ser substituído. David Luiz entrou para o seu lugar estreando-se com a camisola encarnada. Seis minutos após ter entrado com o Benfica a vencer por 1-0, David Luiz via o adversário dar a volta ao marcador, fazendo dois golos em três minutos. Nem no seu maior pesadelo, o brasileiro poderia ter imaginado pior estreia. Ao intervalo, o Benfica perdia por 2-1.
No segundo tempo, foi a vez de João Coimbra sair lesionado. O Benfica procurou o golo do empate e David Luiz esteve perto de o conseguir, num cabeceamento salvo em cima da linha de golo por Mendy. Miccoli e Karagounis também estiveram perto do golo mas o Paris SG criou igualmente perigo. Pode-se dizer que o Benfica foi mais ofensivo perante um adversário a jogar na expectativa de mais erros defensivos da equipa treinada por Fernando Santos. O resultado final de 2-1 acaba por ser um mal menor para os portugueses que, desta forma, se mantêm na discussão pela eliminatória.
Importa, contudo, referir o seguinte:
. Anderson é o "patinho feio" da equipa. Não só comete muitas faltas, como é sistematicamente batido pelos adversários. O brasileiro demonstra, a cada jogo que passa, que não tem categoria para ser titular do Benfica.
. David Luiz teve um baptismo de fogo. Mostrou bons pormenores, mas já se devia ter estreado antes. Fernando Santos errou ao não ter dado mais cedo uma oportunidade ao ex-jogador do Vitória Bahia.
. A ausência de Katsouranis enfraqueceu o Benfica. Embora João Coimbra tenha realizado uma exibição positiva, o grego é um jogador muito importante no Benfica de Fernando Santos, inclusive em lances de bola parada.
. Derlei continua sem mostrar os motivos porque foi contratado. Mais uma vez, não se percebeu porque razão Nuno Gomes foi para o banco de suplentes. Derlei mantém-se lento e sem espontaniedade na hora do remate. A dupla Miccoli - Nuno Gomes justificava-se.
. Beto voltou a jogar e a assustar todos os benfiquistas que presenciaram o encontro. Se Anderson não demonstra categoria para ser titular do Benfica, Beto nem sequer justifica fazer parte do plantel. Fernando Santos já devia ter percebido isso.
Em suma, a eliminatória continua em aberto. Se o Benfica vencer, no seu estádio, o Paris SG por 1-0, estará nos quartos-de-final. No entanto, perdeu-se a oportunidade de trazer um excelente resultado do campo do adversário. A equipa vai ter agora, desnecessariamente, de correr atrás do prejuízo. Não havia necessidade...

domingo, 4 de março de 2007

JUVENIS: Benfica, 0 - Belenenses, 1

INVENCIBILIDADE QUEBRADA

Nacional de Juvenis
22ª Jornada

Local do jogo: Campo nº1 do Caixa Futebol Campus (relvado) - Seixal

Árbitro: Paulo Pequeno (Leiria)
Árbitros Auxiliares: Jodir Lisboa e Ricardo Pereira

BENFICA: Diogo Freire, Valdo Aguamel (Ricardo Caetano, 60´), Abel Pereira, Dennis Jusic, Pedro Eugénio, Leandro Pimenta, Toumany, Vítor Pacheco, Rui Ferreira (David Simão, 56´), Saná, Daude Machude (André Soares, 51´)
Treinador: João Couto

BELENENSES: Cláudio Viegas, João Barros, Diogo Oliveira, Nuno Pais, Chico, Hugo, Fredy, Mário Henriques, Tiago Almeida (José Ricardo, 63´), Rafael Ferreira (Ruben Simões, 74´) e Daniel Pinto (Filipe Assunção, 80+3´)
Treinador: Luiz Filgueira

Ao intervalo: 0-0

Marcador: Rafael Ferreira (59´)

Acção disciplinar: Cartão amarelo a Leandro Pimenta (41´), Chico (63´), David Simão (74´) e Fredy (80+2´)

O Benfica perdeu a invencibilidade no Nacional de Juvenis ao ser derrotado, em casa, com o Belenenses por 1-0. Disputava-se a última jornada da primeira fase e os encarnados já haviam assegurado o primeiro lugar da classificação. Talvez por isso, os jogadores benfiquistas revelaram-se algo displicentes perante um forte Belenenses que precisava de vencer para assegurar o apuramento para a próxima fase do campeonato.
Os azuis foram melhores no primeiro tempo e podiam ter chegado ao intervalo em vantagem. Porém, o guarda-redes Diogo Freire revelou-se muito seguro, negando em duas ocasiões o tento aos visitantes.
No segundo tempo, o Benfica entrou melhor na partida mas num lance infeliz de Abel Pereira, o Belenenses chegou à vantagem. O defesa-central do Benfica escorregou, sobrando a bola para os azuis com Tiago Almeida a cruzar largo ao segundo poste onde apareceu Rafael Ferreira a dar o melhor seguimento ao lance.
A perder, os encarnados tentaram tudo para, pelo menos, chegarem à igualdade mas não viram os seus objectivos serem atingidos, terminando o jogo com uma vitória que se pode considerar justa por parte do Belenenses.

INICIADOS: Oeiras, 1 - Benfica, 1

TANTO DESPERDÍCIO REVELOU-SE FATAL

Nacional Iniciados
22ª Jornada

Local do jogo: Estádio Municipal de Oeiras (sintético) – Oeiras

Árbitro: Hugo Faria (Santarém)
Árbitros Auxiliares: Joaquim Ventura e Rui Bernardo

OEIRAS: Miguel Belo, Francisco Antunes (Pedro Carreiras, 35´), Ricardo Queirós, Fábio Pereira, Diogo Sena, Duarte Cardoso (Gustavo Campos, 35´), Filipe Pedronho (Lourenço Unjanque, 35´), Gonçalo Oliveira, Fábio Azevedo (Miguel Fachada, 35´) (João Neves, 62´), Bruno Silva (cap.) e Victor Raymundo
Suplentes não utilizados: Nuno Silva e Lourenço Reis
Treinador: João Plantier

BENFICA
: André Barata, João Job (Paulo Silva, 35´), Tiago Ribeiro, Ruben Nunes, Vítor Sousa (Mauro Pereira, 35´), Marco Oliveira (Diogo Azevedo, 62´), Tiago Romeira (Diogo Caramelo, 35´), José Graça, Nelson Cunha, Ruben Pinto (cap.) e Diogo Coelho
Suplentes não utilizados: André Barata, Paulo Silva e Diogo Mateus
Treinador: António Bastos Lopes

Ao intervalo
: 0-1

Marcadores: Fábio Pereira (51´); Ruben Pinto (25´)

Acção disciplinar
: Cartão amarelo para Marco Oliveira (55´)

O Benfica cedeu, surpreendentemente, um empate na deslocação a Oeiras. A equipa comandada por António Bastos Lopes dominou por completo a primeira parte do jogo tendo chegado ao intervalo a vencer por 1-0, através de um golo de Ruben Pinto. Antes do golo, já Nelson Cunha havia enviado a bola ao ferro da baliza de Miguel Belo. Ao intervalo, a superioridade benfiquista não estava devidamente traduzida no resultado.
No reatamento, os locais vieram com outra atitude e cedo começaram a incomodar André Barata. A turma da linha criava, sobretudo, perigo em lances de bola parada e seria mesmo através de um pontapé de canto que restabeleceria a igualdade. Fábio Pereira, com uma forte cabeçada, deu o melhor seguimento ao canto apontado por Gustavo Campos.
Até final, o Benfica tentou chegar ao triunfo e, já no período de compensação, Mauro Pereira teve nos pés a hipótese de dar os três pontos à sua equipa. Porém, rematou muito por cima, gorando-se a oportunidade de os encarnados terminarem a primeira fase do campeonato com uma vitória. O Oeiras, pelo que fez no segundo tempo, mereceu a igualdade. Por seu turno, o Benfica só se pode queixar de si mesmo, já que desperdiçou inúmeras oportunidades para ganhar este jogo.

LIGA BWIN: D. Aves, 0 - Benfica, 1

RESULTADO MELHOR QUE A EXIBIÇÃO

Liga Bwin
20ª Jornada

Local do jogo: Estádio do Clube Desportivo das Aves (relvado) – Vila das Aves

Árbitro: Jorge Sousa (Porto)
Árbitros Auxiliares: José Ramalho e José Luís Melo

D. AVES: Nuno, Anilton Júnior, William, Sérgio Nunes, Pedro Geraldo, Mércio, Filipe Anunciação, Jorge Ribeiro, Paulo Sérgio, Hernâni (Diego Gama, 71´) e Octávio (Sérgio Carvalho, 68´)
Suplentes não utilizados: Rui Faria, Marcelo Henrique, Vítor Manuel, Jocivalter e Diego Martins
Treinador: Neca

BENFICA: Quim, Nélson, Katsouranis, Anderson, Léo, Petit, Karagounis, Simão, Derlei (Paulo Jorge, 81´), Miccoli (João Coimbra, 90´+3) e Nuno Gomes
Suplentes não utilizados: Moreira, David Luiz, Miguelito, Beto e Manu
Treinador: Fernando Santos

Ao intervalo
: 0-0

Marcador: Nuno Gomes (59’)

Acção disciplinar: Cartões amarelos para Mércio (13´), Sérgio Nunes (37´ e 65´), Octávio (58´) e Paulo Sérgio (89´); Derlei (37´), Petit (83´), Nuno Gomes (84´), Paulo Jorge (90´+1) e Quim (90´+2)

O Benfica arrancou, na Vila das Aves, um precioso triunfo. Sem ter feito uma grande partida, os encarnados alcançaram o seu objectivo embora tivessem sofrido muito para o alcançar.
Fernando Santos optou por recuar Katsouranis para o lugar do castigado Luisão. Desta forma, foi Derlei o escolhido para entrar no onze titular, jogando descaído pelo flanco esquerdo.
O Benfica entrou bem na partida mas, aos poucos, foi consentindo que o adversário tomasse conta do jogo. Simão, o mais influente jogador benfiquista, esteve bastante discreto visto ter sofrido uma marcação muito cerrada por parte da defesa do Aves.
Com Simão muito marcado, as águais sentiram muitas dificuldades em penetrar no último reduto contrário. O Aves defendia bem e saía rápido para o contra-ataque. Aos 36 minutos, a equipa da casa beneficiou de uma grande penalidade a punir mão de Karagounis. Chamado à conversão, Hernâni rematou para defesa de Quim. Cheirou a inspiração divina...
Pode-se dizer que este momento foi crucial no encontro. O Benfica continuava com problemas no último terço do terreno e caso tivesse começado a perder, dificilmente conseguiria dar a volta ao marcador. Quim salvou o Benfica.
No segundo tempo, os encarnados voltaram a entrar bem na partida. Depois de Nuno Gomes ter dado o primeiro aviso, aos 56 minutos, num remate de fora da área que Nuno sacudiu com uma excelente defesa, o golo surgiria três minutos volvidos. Excelente jogada de ataque com Miccoli a solicitar Nelson que cruzou rasteiro para a àrea onde apareceu Nuno Gomes a dar o melhor seguimento ao lance.
A perder, o Aves sofreria nova contrariedade. Sérgio Nunes, aos 65 minutos, foi expulso por acumulação de amarelos. Desta forma, tudo indicava que o Benfica se preparava para fazer "cheque-mate" na partida. No entanto, tal não aconteceu. Os visitantes limitaram-se a ver o tempo passar, permitindo que o Aves criasse perigo, nomeadamente, em lances de bola parada. O Benfica não soube aproveitar o facto de se encontrar em superiodade numérica para matar, definitivamente, a contenda, mas soube conservar, quase sempre, a bola em seu poder, evitando males maiores para a baliza à guarda de Quim.
Esta vitória, dedicada como não podia deixar de ser a Manuel Bento, manteve o Benfica no segundo lugar a 4 pontos do FC Porto que venceu, igualmente, o Sp. Braga por 1-0.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Até sempre "Mister" Bento...

O SL Benfica e o futebol português estão de luto. Faleceu, aos 58 anos, Manuel Galrinho Bento, um dos melhores guarda-redes portugueses de sempre. Nascido na Golegã, a 25 de Junho de 1948, Bento iniciou a sua carreira futebolística no FC Barreirense. Em 1972 ingressou no Benfica, jogando 20 épocas no clube, entre 72/73 e 91/92. Fez 611 jogos, sofrendo apenas 447 golos. Estreou-se pela mão de Jimmy Hagan, a 01/09/72, em Jacarta, num jogo de carácter particular, frente à selecção da Indonésia.

Inicialmente foi o substituto de José Henrique. Entre 1973 e 1976, Bento e José Henrique alternaram na baliza, passando Bento a indiscutível titular em 1976, quando tinha 28 anos. Nesse mesmo ano, começou a defender a baliza da Selecção Nacional, nas qualificações para o Campeonato do Mundo de 1978. No primeiro jogo de Bento, Portugal perdeu, no Porto, 0-2 com a Polónia. Bento foi guarda-redes da equipa das quinas até 1986. Durante a sua carreira, somou 63 internacionalizações pela Selecção Nacional, que capitaneou em 26 ocasiões. Pelo Benfica, conquistou 8 Campeonatos Nacionais e 5 Taças de Portugal.

Titular indiscutível da baliza encarnada durante 11 épocas, entre 75/76 e 85/86, Bento detém ainda as melhores performances da baliza encarnada, com destaque para a série de 11 jogos consecutivos que esteve sem sofrer golos, de 10/11/85 a 05/01/86.

Arrojado, dotado de excelentes reflexos e possuidor de um sentido posicional invulgar, Bento primava pela sua acção entre os postes e fora destes. Era rápido a pensar e a agir, em voo, em mergulho ou a sair a pontapé.

Ficou famoso pelo arremesso da bola à mão para o meio campo, proporcionando rápidos contra-ataques à equipa. Era, também, para além de bom defensor de grandes penalidades, um bom executante de penaltys, característica que lhe permitiu evidenciar-se no desempate de alguns jogos ou eliminatórias. Mas não só. Marcou mesmo um golo ao Sporting, a 23/06/76.

Bento será recordado igualmente pelas suas defesas acrobáticas, sangue-frio e temeridade. Possivelmente, o seu melhor jogo aconteceu nas meias-finais do Campeonato Europeu de Futebol de 1984, contra a França, que Portugal perdeu por 2-3. Bento jogou também no Campeonato do Mundo de 1986, no México, quando foi mesmo o porta-voz dos jogadores revoltados aquando do Caso Saltillo. Bento jogaria apenas o primeiro jogo no México, na vitória por 1-0 sobre a Inglaterra. Num treino, partiu uma perna e esteve sem jogar quase toda a época seguinte. A partir de então passou a ser guarda-redes suplente ou terceiro guarda-redes do Benfica, até ao fim da sua carreira, em 1991/92.

Bento exercia, actualmente, funções de treinador de guarda-redes nos escalões de formação do Benfica.

Nota: Contava fazer um apanhado da Gala do 103º aniversário do Benfica que decorreu, ontem, no Casino Estoril. Após esta triste notícia, desisti de o fazer. Conheci o Bento e tinha grande estima por ele. Depois dele, apenas Michel Preud´Homme esteve ao seu nível na baliza do Benfica. Morreu um grande atleta e, acima de tudo, um grande homem. Todos os que estão ligados à formação do Benfica, sejam jogadores, técnicos ou dirigentes choram neste momento o seu desaparecimento. Até sempre, "Mister" Bento...