sábado, 17 de março de 2007

TAÇA UEFA: Benfica, 3 - Paris SG, 1

SIMÃO APURA ENCARNADOS

Taça UEFA
1/8 Final

Local do jogo: Estádio do Sport Lisboa e Benfica (relvado) – Lisboa

Árbitro: Florian Meyer (Alemanha)

BENFICA: Moretto, Nélson, David Luiz, Anderson, Léo, Petit, Katsouranis, Karagounis (João Coimbra, 45´), Simão, Nuno Gomes (Paulo Jorge, 90´) e Miccoli (Derlei, 76´)
Suplentes não utilizados: Moreira, Miguelito, Beto e Mantorras
Treinador: Fernando Santos

PARIS SG: Landreau, Traoré, Rozenhal, Drame, Mabiala (Mendy, 75´), Diane, Gallardo (Kalou, 70´), Mulumbu, Rothen, Pauleta e Luyindula (Ngog, 70´)
Suplentes não utilizados: Alonzo, Frau, Chantome e Sakho
Treinador: Paul Le Guen

Ao intervalo: 2-1

Marcadores: Simão (12´ e 87) e Petit (27´); Pauleta (32’)

Acção disciplinar: Cartões amarelos para Katsouranis (21´) e Nuno Gomes (90´); Mulumbu (1´ e 87´) Rothen (61´) e Traoré (90´). Cartão vermelho para Mulumbu (87´)

O Benfica qualificou-se para os quartos-de-final da Taça UEFA ao vencer o Paris SG por 3-1. Simão voltou a ser a figura principal do encontro ao apontar dois golos. O número 20 encarnado encontra-se num momento de forma excelente, tendo sido ele o grande carrasco dos franceses nesta eliminatória, já que apontou três dos quatro golos que o Benfica marcou ao Paris SG.
Com Quim lesionado, juntando-se a Luisão e Rui Costa no lote dos indisponíveis, Fernando Santos voltou a ter de mexer no onze inicial. Para grande surpresa dos mais de 60 000 espectadores presentes, Moretto foi o eleito do técnico encarnado. O público não gostou e assobiou tremendamente o guarda-redes brasileiro. Verdadeiramente arrepiante e uma clara prova de falta de confiança nas capacidades do ex-guardião do V. Setúbal.
Porém, Moretto até nem começou mal. Logo no primeiro minuto, o número 31 negou o golo a Pauleta quando este se encontrava isolado. Moretto não podia ter começado da melhor forma.
Após uma entrada muito negativa, já que os primeiros 10 minutos foram dominados pelos franceses, o Benfica foi sacudindo a pressão e, aos 12 minutos, adiantou-se no marcador. No primeiro remate à baliza francesa, Nuno Gomes assistiu exemplarmente Simão que, isolado perante Landreau, não perdoou.
Estava feito o golo que poderia consumar o apuramento para a fase seguinte. Este golo deu um novo ânimo às águias que foram de imediato à procura do segundo. Katsouranis e Karagounis estiveram muito próximos de o conseguir mas a trave primeiro, e o poste depois negaram os intentos dos gregos.
No entanto, aos 27 minutos, o Estádio quase foi abaixo com o segundo golo do Benfica. Petit, com um golo fenomenal, fez um chapéu perfeito a Landreau apontando talvez o golo mais bonito da sua carreira. A vencer por 2-0, os adeptos benfiquistas pareciam pensar que a qualificação já estava atingida, tal a festa que fizeram nos minutos seguintes ao golo de Petit. Pauleta, aos 32 minutos, fez questão de lhes dizer que nada estava ainda decidido quando cabeceou à vontade, fazendo o 2-1. Este golo, muito consentido pela defesa do Benfica, nasce do lado esquerdo do ataque francês, com Nélson e Anderson a permitirem tudo aos jogadores do Paris SG. Moretto, o menos culpado de todos, embora porventura pudesse até ter feito mais do que fez, voltou a ser vaiado no estádio.
Ao intervalo, a eliminatória permanecia igualada.
No reatamento, o Benfica surgiu com João Coimbra em campo. Karagounis, queixoso, teve de ser substituído e Fernando Santos voltou a escolher o jovem jogador formado nas escolas do clube. João Coimbra, que havia estado muito bem em Paris, não entrou bem no jogo e o meio-campo encarnado ressentiu-se. Rothen, o melhor jogador francês, coordenava o jogo todo do Paris SG e era dos seus pés que o perigo rondava a baliza de Moretto. A superioridade do PSG era notória, justificada não só pela saída de Karagounis, mas motivada também pela pálida exibição de Katsouranis, que demonstrou estar a precisar de descanso.
A partida caminhava para o seu término e o prolongamento pairava já no pensamento das duas equipas quando Léo, um pouco discreto até esse instante, arranca pelo flanco esquerdo, e ao entrar na área adversária, é claramente derrubado por Mulumbu. O árbitro assinalou a respectiva grande penalidade e Simão voltou a não falhar no momento crucial, carimbando o passaporte do Benfica para os quartos-de-final, onde os pupilos de Fernando Santos irão encontrar o Espanhol de Barcelona.
Em suma, vitória justa do Benfica numa partida marcada pelos muitos assobios a Moretto. Independentemente da opção do treinador ter sido, ou não, a mais correcta, parece-me que as vaias ao brasileiro em nada ajudam ao bom desempenho do guarda-redes.

2 comentários:

Lampião do Norte disse...

Também não consigo compreender os assobios ao Moretto. Não seria a minha opção mas a partir do momento que entra em campo para defender a camisola do Benfica, para mim é automaticamente o melhor do Mundo e só desejo uma excelente exibiçao!

Abraços!

wednesday disse...

O público benfiquista é muito exigente, a pressão ainda maior... Mas sim, concordo com este comentário!

Bem, vamos ver como se desenrolam os próximos jogo, com campeonato e UEFA ao rubro!